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24 de maio de 2025
ServiçoEntregadores de aplicativo anunciam greve em todo Brasil

Entregadores de aplicativo anunciam greve em todo Brasil

Entregadores de aplicativo anunciaram nas redes sociais que farão uma greve geral em todo o Brasil; Veja quando e o que dizem as plataformas

Entregadores de aplicativo vão parar em todo o Brasil. A greve pretende pressionar plataformas como iFood, Uber Flash e 99 Entrega para que melhorem as condições de trabalho e reajustem a remuneração dos profissionais.

Os trabalhadores exigem quatro mudanças principais: uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, um aumento no valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros e o pagamento integral de cada pedido quando as plataformas agrupam múltiplas entregas em uma única rota.

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Dessa forma, a greve é anunciada para os dias 31 de março e 1º de abril.

Entregadores de aplicativo anunciam greve em todo Brasil: mobilização

Os organizadores estão mobilizando os entregadores pelas redes sociais, especialmente por perfis como @brequenacinaldosapps. Segundo relatos de usuários, a adesão será grande.

Além de paralisarem as entregas, os trabalhadores também vão denunciar práticas que consideram antissindicais. Algumas empresas, segundo os organizadores, estariam oferecendo incentivos financeiros para desencorajar a participação dos entregadores no protesto.

Empresas reagem ao protesto dos entregadores

Diante da paralisação, o iFood afirmou, em nota, que vem reajustando a taxa mínima e o valor pago por quilômetro rodado nos últimos três anos. A empresa destacou que a taxa mínima passou de R$ 5,31 para R$ 6,50 nesse período. Além disso, garantiu que já limitou o raio de atuação das bicicletas em todo o país e alertou que novas restrições podem reduzir a oferta de trabalho.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa iFood, Uber e 99, declarou que “respeita o direito à manifestação” e mantém um canal de diálogo contínuo com os entregadores.

A paralisação acontece em meio a um impasse sobre a regulamentação do trabalho dos entregadores e motoristas de aplicativo. Em 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego tentou intermediar um acordo para criar um projeto de lei, mas as negociações não avançaram. As empresas sugeriram um pagamento mínimo de R$ 12 por hora efetivamente trabalhada, mas os entregadores rejeitaram a proposta.

O principal ponto de conflito envolve a definição do tempo de trabalho. As empresas consideram apenas os minutos em que o entregador está em deslocamento. Já os trabalhadores reivindicam que todo o período logado no aplicativo seja contabilizado e remunerado.

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