Um ano depois das enchentes que atingiram diversas cidades do Rio Grande do Sul, a realidade ainda é muito difícil para centenas de animais que perderam seus lares. Neste fim de semana, um grupo de voluntários da ONG Cão Sem Dono, de São Paulo, percorreu mais de 1.200 quilômetros para resgatar 20 cães que estavam acorrentados e sem abrigo na cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Esses cães, que sobreviveram à tragédia, ainda viviam em espaços improvisados, muitos deles amarrados por falta de estrutura e segurança. Agora, com a ajuda da ONG, eles finalmente terão um novo começo. Todos os animais já têm lares definidos, com famílias que vão oferecer cuidado, alimentação e muito carinho.
A situação ainda é grave
O presidente da ONG, Rafael Rodrigues Miranda, contou que a situação dos animais continua preocupante, mesmo um ano após as chuvas. “Não está nada bem. Viajamos por 24 horas, em quatro carros, para buscar esses 20 animais. Conseguimos as adoções por fotos. A ideia é tirar os cães daqui do Sul e colocá-los em casas onde receberão tudo o que precisam: suporte, comida e, principalmente, amor.”
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A Secretária do Bem-Estar Animal de Canoas, Paula Lopes, reforça a importância de continuar olhando para esses animais. “Muita gente acha que já passou, mas não está tudo resolvido. Esses animais também precisam recomeçar. Precisam de um lar, de uma nova chance. Por isso estamos fazendo esse apelo para o Brasil inteiro.”
Mais de 800 cães ainda precisam de ajuda
Desde as enchentes de 2024, mais de 800 cães foram acolhidos em abrigos improvisados, muitos deles superlotados. Para evitar brigas entre os animais e garantir um mínimo de segurança, muitos precisaram ser mantidos acorrentados — uma medida extrema, mas considerada necessária diante da falta de estrutura adequada.
Um gesto que inspira
A ação da ONG é mais do que um simples resgate: é um alerta e um convite à solidariedade. Ainda há muitos animais que esperam por ajuda, por um lar, por alguém que estenda a mão. Que esse gesto simbólico de libertar os cães seja o começo de um movimento maior de cuidado e empatia.
Se você quiser ajudar, entre em contato com ONGs da sua região ou com a Secretaria de Bem-Estar Animal da sua cidade. Ainda há muitos animais esperando uma segunda chance.