Polícia afirma envolvimento de desaparecidos em Canoas com esquema de “tele droga” – Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (29), a Polícia Civil revelou que os três jovens desaparecidos em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram atraídos para uma emboscada. Segundo as investigações, o grupo teria caído numa armadilha ao tentar realizar uma entrega de drogas em território de uma facção rival.
“Eles deixam o bairro da cidade, ingressaram em um terreno de uma facção rival para efetuar a entrega dos entorpecentes e a partir dali se deu o desaparecimento dos três”, explicou a delegada Graziela Zinelli, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas.
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Além disso, a delegada afirmou que os jovens estavam envolvidos em atividades criminosas. “Os três envolvidos participavam do esquema de tele-entrega de drogas”, declarou.

Polícia afirma envolvimento de desaparecidos em Canoas com esquema de “tele droga”: prisões de suspeitos
As declarações ocorreram no mesmo dia em que a Polícia Civil deflagrou a Operação Amissus, que resultou na prisão de quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Vitor Juan Santiago, de 18 anos, Carolina Oliveira de Lima, de 19, e Pedro Henrique Di Benedito Rodrigues, de 23. O trio foi visto pela última vez no início de abril, no bairro Guajuviras.
Segundo a polícia, as prisões aconteceram em momentos diferentes. Um dos suspeitos já estava preso na Penitenciária de Jacuí por outro crime. Dois foram capturados nesta terça, enquanto o quarto havia sido preso na semana passada em Braga, no Noroeste do Estado. A última prisão, no entanto, foi mantida em sigilo para não prejudicar o andamento das investigações.
Ainda conforme a Polícia Civil, todos os quatro presos têm alguma participação direta no caso, seja na entrega, seja na ocultação do crime. As autoridades trabalham com a hipótese de que os jovens tenham sido mortos por uma facção criminosa como forma de represália.
“O objetivo é encontrar as três pessoas”, reforçou o diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mário Souza. Apesar das suspeitas, a polícia ainda trata oficialmente o caso como desaparecimento.
Veículo usado pelas vítimas encontrado sem evidências de violência
Dois dias após o sumiço, a Polícia encontrou o Fiat Punto utilizado pelos jovens. O carro estava abandonado, sem sinais aparentes de violência ou sangue. Mesmo assim, os investigadores não descartam a possibilidade de assassinato com ocultação de provas.
Denúncias
Informações sobre o paradeiro dos jovens podem ser repassadas de forma anônima à Polícia Civil pelo número 0800-642-0121.