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16 de julho de 2025

Açougues envolvidos com facção criminosa são fechados pela Polícia Civil

A suspeita da polícia é que os açougues fechados tenham envolvimento com a facções criminosas

Três açougues do Rio Grande do Sul foram fechados em uma investigação da Polícia Civil que apura o crime de lavagem de dinheiro. Os estabelecimentos ficam na cidade de Pelotas, no Sul do Estado.

Os estabelecimentos foram alvos da Operação Firma II deflagrada pela Polícia Civil (saiba mais abaixo).

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Conforme a polícia, a investigação apurou que estabelecimentos nos bairros Laranjal, Três Vendas e Fragata, tinham ligação com uma facção criminosa.

Além disso, nos estabalecimentos, os policiais apreenderam mais de cinco toneladas de produtos. Os alimentos próprios para consumo foram encaminhados ao programa Mesa Brasil, já os impróprios a Vigilância Sanitária encaminhou para descarte.

Açougues fechados: esposas de líderes de facção são presas pela Polícia Civil

Duas esposas de líderes de facção criminosa foram presas na segunda fase da Operação Firma que mirava uma rede de empresas de fachada no RS e em outros três estados.

De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso tem base em Pelotas, no Sul do Estado. Os investigadores apuraram que, desde 2024, eles movimentaram mais de R$ 320 milhões.

Uma das presas é companheira de um presidiário de apelido “Crizel”, apontado como chefe da quadrilha dentro do Presidio Regional Pelotas (PRP) e que também teve nova ordem de prisão decretada.

Outra é esposa do traficante conhecido como “Pasteleiro”, considerado um dos fundadores da quadrilha, ela foi capturada em diligências no Rio de Janeiro, mas o homem não foi localizado. Segundo a investigação, a dupla mantém diversas empresas de fachada.

Um dos empreendimentos do casal seria uma loja de móveis em Itapema, no litoral catarinense. A suspeita é que a suposta venda lícita dos produtos foi utilizada para esconder valores oriundos do tráfico de drogas, golpes e de extorsões. Além de Pasteleiro e Crizel, um terceiro líder da facção, vulgo Dioninha, também é investigado. Mesmo já recolhido no sistema prisional, ele foi alvo de outro mandado de prisão.

“Os criminosos têm atuação interestadual. Nossas investigações apontam que eles movimentaram mais de R$ 320 milhões através de empresas de fachada, laranjas e contas de terceiros, tudo com a intenção de dissimular a origem ilícita dos lucros”, explica o delegado titular da 2ª DP de Pelotas, César Nogueira.

Saiba mais sobre a operação

A ofensiva que teve sete presos contou com 110 policiais civis apenas na cidade de Pelotas, além do apoio de unidades em outros estados, sob o comando da 2ª DP do município. Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 69 buscas no Rio Grande do Sul Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Durante a ofensiva, foram apreendidos 37 veículos, bloqueadas mais de 300 contas bancárias, suspensão de atividades comerciais de 16 empresas e sequestro de 10 imóveis.

A primeira fase da Operação Firma, se deu início em setembro de 2024. Na época, o objetivo era acabar com um esquema de golpes dos nudes coordenado por apenados do Presídio Regional de Pelotas, especificamente na Galeria C da unidade, em menos de 40 dias, os valores movimentados ultrapassaram R$ 700 mil.

Matheus Ferreira
Matheus Ferreira
Estudante de jornalismo, o pelotense Matheus Ferreira escreve notícias sobre economia, segurança, cotidiano e saúde.
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