Pode parecer estranho, mas é verdade: cientistas estão usando xixi humano para criar materiais utilizados em implantes dentários e ósseos. A descoberta, publicada na renomada revista Nature Communications, revela que cientista xixi pode ser a chave para uma revolução médica e ambiental nos próximos anos.
O estudo, conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos e do Japão, mostra como é possível transformar a ureia presente na urina em hidroxiapatita (HAp), um mineral encontrado naturalmente nos ossos e dentes humanos, amplamente usado em implantes médicos. A inovação não só reduz custos de produção, como também propõe uma forma sustentável de reutilizar resíduos humanos.
LEIA MAIS:
- Caixa Tem fora do ar de novo? Veja Como a falha prejudicou milhões
- Caixa Tem emite comunicado importante sobre auxílio de R$ 6 mil
- Conheça quais alimentos elevam o risco de câncer
Cientista transforma xixi em implante dentário: Urina pode virar indústria bilionária
De acordo com os cientistas, o uso de urina na produção de implantes pode gerar uma indústria de US$ 3,5 bilhões até 2030. E não é para menos: a urina humana contém fósforo e nitrogênio, dois nutrientes essenciais que, com a tecnologia certa, podem ser transformados em materiais biocompatíveis de alta qualidade.
Como o xixi vira implante?
A equipe de cientistas utilizou leveduras modificadas, que são estruturas fúngicas, para converter a ureia da urina em hidroxiapatita por meio de um processo bioquímico. Esse método inovador barateia a produção do mineral e reduz o impacto ambiental ao tratar resíduos líquidos.

Segundo David Kisailus, professor da Universidade da Califórnia Irvine e o autor do estudo, o processo beneficia o meio ambiente e a saúde pública, tornando os implantes mais acessíveis e ajudando a reduzir a poluição das águas residuais.
Vai ter dente de xixi?
Apesar da reação inicial de nojo que a ideia pode causar, os cientistas garantem: o material é completamente seguro, limpo e biocompatível. Ou seja, nada de cheiro estranho ou contaminação. A expectativa é que, com mais estudos e aprovação regulatória, a técnica comece a ser aplicada em implantes dentários e ortopédicos nos próximos anos.