Escolas de Porto Alegre registram crescimento de casos e surtos da síndrome mão-pé-boca. A infecção viral, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos, tem provocado surtos em instituições de ensino.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, o aumento de casos da doença ocorreu entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de setembro. Neste período, foram registrados 19 surtos.
Ainda, conforme a pasta, os casos registrados envolvem 161 pessoas, entre bebês, crianças e adultos.
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Quais são os sintomas da síndrome mão-pé-boca?
Conforme o médico infectologista e professor do curso de Medicina da Ulbra em Canoas, Cezar Riche, os primeiros sinais incluem febre, mal-estar e falta de apetite. Logo após, começam a aparecer pequenas manchas ou bolhinhas na boca, mãos e pés.
“Essas lesões podem causar dor ao engolir e, embora geralmente sejam leves, exigem atenção para evitar desidratação em casos mais graves”, explica o médico.
Riche destaca que a doença pode ocorrer mais de uma vez. “Existem diferentes tipos de vírus que causam a mão-pé-boca, então a criança pode adoecer novamente em outro momento”.
Como ocorre a transmissão?
Conforme o médico infectologista, a transmissão ocorre devido ao contato direto com secreções da boca, gotículas de tosse e espirro, fezes ou objetos contaminados.
Além disso, a doença afeta principalmente crianças de até cinco anos devido à fase de desenvolvimento em que está o sistema imunológico. Porém, adultos também podem se contaminar. Quando isso ocorre, os sintomas costumam ser mais leves.
Qual a prevenção e o tratamento?
De acordo com Riche, medidas simples de prevenção podem evitar a síndrome. Entre elas, estão:
- Manter a higiene das mãos;
- Limpar brinquedos e superfícies com frequência;
- Afastar temporariamente crianças com sintomas.
O tratamento da síndrome mão-pé-boca acontece com foco em hidratação, controle da febre e alívio do desconforto. A recuperação costuma ocorrer entre 7 e 10 dias.
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