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06 de dezembro de 2025

Vacina contra bronquiolite começa a ser distribuída no Brasil pelo SUS

A vacina contra bronquiolite já chegou ao SUS, mas nem todos sabem quem pode tomar e quando procurar. Veja detalhes a seguir.

O Brasil iniciou uma nova etapa no enfrentamento de doenças respiratórias que afetam bebês e idosos. Uma medida aguardada por milhares de famílias começa, finalmente, a sair do papel e promete reduzir internações e complicações graves nos primeiros meses de vida das crianças.

A estratégia envolve a ampliação da prevenção ainda na gestação e também a proteção direta dos recém-nascidos. O esforço do governo federal é considerado decisivo para diminuir a circulação de um dos principais vírus respiratórios do país.

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Desde a última semana, a vacina contra bronquiolite começou a ser distribuída em todo o território nacional pelo Ministério da Saúde. O imunizante protege contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da doença, e será ofertado gratuitamente pelo SUS.

O primeiro lote conta com 673 mil doses e fará parte de uma compra total de 1,8 milhão de vacinas realizada pelo governo federal. O Distrito Federal foi o primeiro a receber as doses, enquanto os demais estados iniciaram o recebimento nos dias seguintes. A expectativa é de abastecimento contínuo para atender à demanda ao longo do ano.

Quem pode tomar a vacina

A vacina oferecida atualmente é voltada principalmente para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação durante a gestação garante que o bebê receba anticorpos ainda no útero, oferecendo proteção nos meses mais críticos após o nascimento.

A orientação é que a dose seja aplicada a cada nova gravidez. Não há limite de idade para a gestante receber o imunizante.

A vacina utilizada na rede pública é a Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer, que passou a ser produzida no Brasil após acordo de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan.

Na rede privada, o mesmo imunizante é comercializado desde 2024 e pode custar até R$ 1.760 por dose.

Impacto da bronquiolite no Brasil

A bronquiolite é altamente contagiosa e afeta principalmente bebês e crianças pequenas. Os sintomas mais comuns são:

  • tosse persistente
  • dificuldade para respirar
  • chiado no peito
  • cansaço excessivo

Embora muitos casos sejam leves, a doença pode evoluir para quadros graves e exigir internação hospitalar, especialmente em crianças prematuras.

No Brasil, a circulação do VSR é mais intensa entre março e julho, exceto na região Norte, onde o vírus aparece com força entre fevereiro e junho.

Proteção direta para recém-nascidos

Bebês que nascerem antes do período mínimo de proteção da vacina ou cujas mães não tenham sido imunizadas poderão receber o nirsevimabe, anticorpo contra o VSR aplicado diretamente no bebê.

O medicamento é vendido no Brasil com o nome Beyfortus, comercializado pela Sanofi, e pode custar até R$ 3.548 na rede privada.

Outra alternativa disponível no mercado é a vacina Arexvy, da farmacêutica GSK, indicada para pessoas acima de 60 anos, com valor aproximado de R$ 1.726.

Avanço histórico na vacinação

O Ministério da Saúde destaca que a nacionalização da produção representa um avanço importante no acesso à vacinação. Com a fabricação no Brasil, a expectativa é reduzir custos, ampliar a cobertura e garantir maior independência do sistema público.

A chegada da vacina contra bronquiolite ao SUS é considerada um marco no enfrentamento de doenças respiratórias infantis e tende a salvar milhares de vidas nos próximos anos.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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