As eleições para prefeito de Nova Santa Rita em 2020 foram disputadas e decididas por uma diferença de apenas 262 votos. De um lado, Rodrigo Battistella (PT), eleito com 39%, que buscava dar sequência ao trabalho de Margarete Ferretti. O outro grupo, de oposição, era liderado pelo empresário Marcelino Muzykant (PP), que atingiu 37% dos votos. Mas o tempo passa e a eleição parece estar ficando para trás.
Já lá em 1954, o sociólogo americano Robert F. Winch buscava entender essa relação entre parcerias e sugeriu uma teoria que caiu no senso comum em um artigo publicado pela American Sociological Review: “os opostos se atraem”. A história nos ensina e se repete.
Muzykant faleceu em março deste ano, aos 69 anos. Um acidente com um trator que pilotava em Nova Santa Rita acabou vitimando o empresário. Uma fatalidade que mudou o rumo da oposição na cidade.
Vagner Silva já foi secretário de Assistência Social na gestão Chico Brandão e, em 2020, atuou como um dos coordenadores da campanha da oposição. Porém, com a morte do líder, discordou de decisões do Partido Progressistas (PP) e partiu para novas oportunidades. Ele lidera, junto com Roque Jr. e o candidato a vice ao lado de Muzykant, Alex Avila, a criação do União Brasil no município. “Não compactuamos com algumas decisões e resolvemos tomar caminhos diferentes. O foco maior agora é formar uma nominata para eleger dois ou três veadores”, revela.
A novidade é que agora, com a nova sigla, os opositores devem compor o governo de Battistella. Alex é ex-vereador no município e a liderança política que leva o grupo. Pode concorrer novamente ao Legislativo, mas não disfarça que está à disposição para concorrer também a vice-prefeito, só que agora ao lado da gestão. “Tem que surgir gente nova. Não dá para sempre tomar os espaços. Nós estamos juntos com esse sangue novo, uma gurizada que quer fazer um bom trabalho”, afirma.