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22 de dezembro de 2024

Nego Di está preso na Penitenciária de Canoas

Ainda, conforme a polícia, 370 clientes registraram a ocorrência. Porém, a suspeita é de que o número de vítimas seja maior.

O influenciador digital Nego Di está na Penitenciária de Canoas (Pecan). Ele chegou ao Rio Grande do Sul na noite do último domingo (14) após ser preso na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina.

A prisão de Dilson Alves da Silva Neto é referente ao inquérito que apura casos de estelionato. Conforme a polícia, o influenciador é suspeito de lesar, pelo menos, 370 pessoas, com a venda de produtos que nunca foram entregues. As vítimas realizavam compras através da loja virtual “Tadizuera” que funcionou entre março e julho de 2022. A página só foi retirada do ar após determinação da justiça.

Anderson Boneti, sócio de Nego Di na empresa, também teve a prisão decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul. Ele, inclusive, chegou a ser preso na Paraíba em fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.

Em nota, os advogados de Nego Di afirmaram que “a defesa está tomando todas as medidas legais cabíveis”. (leia mais abaixo)

Investigação

Na época, Nego Di realizava a divulgação da loja em seus perfis nas redes sociais. Eram vendidos eletrônicos como aparelhos de ar-condicionado e televisores. Muitos produtos eram anunciados por preços abaixo dos praticados no mercado. Uma televisão de 65 polegadas era vendida por cerca de R$ 2 mi.

Parte dos compradores, pagaram pelo produto, mas nunca receberam. Muitos denunciaram o caso para a Polícia Civil. A investigação apontou que não havia estoque e que o influenciador enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, mesmo sabendo que não seriam. Além disso, ele teria movimentado o dinheiro obtido com as vendas. Com a quebra de sigilos, a movimentação financeira passou de R$ 5 milhões.

Ainda, conforme a polícia, 370 clientes registraram a ocorrência. Porém, a suspeita é de que o número de vítimas seja maior.

Nota da defesa de Nego Di

Por nota, assinada os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, se pronunciaram sobre a prisão.

“Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.

Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.

Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.

Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade”.

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