A Operação Vindicare, deflagrada pela Polícia Civil em Nova Santa Rita, na manhã desta quinta-feira (18), tem seis presos. O grupo é investigado por extorsão, disparo de arma de fogo e homicídio.
Mais de 100 policiais participaram da ofensiva. Além das prisões, foram apreendidos um veículo, uma carabina calibre .22, celulares e documentos.
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Grupo expulsava moradores em Nova Santa Rita
De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou com um caso de extorsão. Uma vítima teve sete residências, conforme a polícia, “tomadas” por membros do grupo sob forte ameaça e violência. Os bandidos atiraram na perna do proprietário dos imóveis que, sob forte ameaça, foi obrigado a ir embora deixando as casas sob controle do crime.
Logo após o inicio das investigações, os policiais da Delegacia de Nova Santa Rita, descobriram outra extorsão que ocorreu no mesmo período. Nessa ocorrência, a vítima foi expulsa junto com os familiares e deixou para trás o comércio, duas residências e dois veículos.
Ainda, conforme a Polícia Civil, o modus operandi dos criminosos chamou a atenção dos policiais em ambos os casos. Para assumirem a propriedade dos bens, o grupo obrigou as vítimas a registrar a transferência em cartório. Enquanto o processo era feito, a família era mantida sob cárcere.
O objetivo, segundo a polícia, era utilizar os imóveis para a prática de tráfico de drogas.
Ordens de dentro do sistema prisional
Em junho deste ano, os criminosos praticaram um homicídio contra um homem na cidade. A execução foi a mando do líder do grupo que está recolhido no sistema prisional. A investigação apurou que o objetivo era mostrar poder, intimidar moradores e, por fim, aplicar o chamado “tribunal do crime”.
“A Polícia Civil, de forma insistente e qualificada, age no combate a estes crimes violentos, que causam sensação de insegurança na população da cidade. Todos os envolvidos nessa prática criminosa foram identificados e hoje são alvos da investigação. Não serão toleradas ações desse quilate no município e todos os meios e estrutura da Polícia Civil serão utilizados para reprimir o crime e responsabilizar aqueles que insistirem nas ações violentas”, ressalta o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).