Foto: Arquivo/ Câmara Municipal de Canoas
Da redação | Aos 52 anos de idade, o coronel Oto Eduardo Amorim decidiu ir para a reserva. Até então, ele chefiava o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM).
Amorim, conhecido pelo trabalho de integração da Brigada Militar (BM) com a comunidade, atuou na corporação por 31 anos e 10 meses. Ele só ficou de fora da BM por um ano, quando integrou uma força-tarefa do Ministério Público.
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Dentre os cargos que já ocupou, o coronel comandou o 15º Batalhão de Polícia Militar (15º BPM), responsável pelo policiamento da BM em Canoas e Nova Santa Rita. Ao se despedir, o oficial agradeceu autoridades e colegas de farda pelo apoio. “Nunca trabalhei sozinho”, frisou.
Amorim fez questão de lembrar que é filho de policial militar, e que se criou dentro de um quartel da BM. “Sempre me posicionei defendendo os PMs”.
Ao falar da rotina de trabalho, o coronel pontuou que o policial militar tem horário para entrar em serviço, mas tem para sair, e que está de prontidão nas 24 horas do dia.
Porém, Amorim lamentou a falta de respeito que existe com os PMs. Segundo ele, há uma parcela que não conhece qual é a função do policial militar.
“Acompanho e observo que uma minoria da sociedade tem de ter mais respeito com a atuação do policial militar como cidadão. Tem pessoas nos bairros carentes que tratam a imagem do PM como violento. Nos bairros nobres, alguns ainda não valorizam o policial militar, pela forma como se comportam quando veem um PM almoçando ou jantando em um restaurante de classe nobre”.
Para valorizar o trabalho do policial militar, o coronel sugeriu:
-Investir em boas condições de pagamento para o PM comprar moradia;
-Investir no horário de folga dos PMs;
-Desconto em faculdade para PMs;
-Desconto em creche para os filhos de PMs;
– Desconto em colégios particulares para filhos de PMs.
Além do descontentamento com a valorização do PM, Amorim decidiu se aposentar para cuidar da família. “Dar atenção aos meus pais que estão com problemas de saúde”.