Um empresário de Canoas foi preso nesta semana pela Polícia Civil, segundo informou a corporação nesta sexta-feira (07). Alvaro Ederich Junior teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Rondônia por suspeita de envolvimento em fraudes no processo de licitação do Sistema Mobile da Polícia Militar de Rondônia, responsável pelos registros online de boletins de ocorrências.
O homem se apresentou na sede da 3ª Delegacia de Polícia (3ª DP), acompanhado de advogados. Preso, ele está à disposição da Justiça de Rondônia para o andamento do caso. A reportagem tentou contato com a defesa do empresário, mas, até o momento, não obteve retorno.
Busca e apreensão
Na manhã do dia 29 de julho, agentes da 3ª DP cumpriram mandado de busca e apreensão, além de uma ordem judicial de prisão preventiva, em dois imóveis nos bairros Marechal Rondon e São José, em Canoas.
Nos endereços, os policiais apreenderam R$ 350 mil, dois carros de luxo – sendo uma BMW de R$ 400 mil e um Jeep Renegade –, diversos documentos, equipamentos eletrônicos, celulares, HDs de computadores e um cofre. “O resultado da operação superou as expectativas, logrando êxito em colher grande quantidade de provas e apreensões”, afirmou o titular da 3ª DP, delegado Rodrigo Caldas.
Em nenhum dos dois locais o preso, alvo da operação, foi encontrado. A Agência GBC apurou que Alvaro era proprietário de uma empresa que funciona dentro da Ulbratech, no campus da universidade em Canoas.
O que era a fraude
A investigação descobriu um esquema de fraudes no processo de licitação do Sistema Mobile da Polícia Militar de Rondônia (PM-RO). A plataforma é responsável pelos registros online de boletins de ocorrências.
Os policiais começaram a apurar após uma denúncia anônima informando supostas irregularidades na licitação para aquisição de software, tablets e demais acessórios para a implementação do Sistema Mobile. Segundo apurado pelos investigadores, há existência de vínculo entre servidores públicos e o sócio proprietário da empresa ganhadora do certame.
Com a quebra do sigilo dos investigados, os agentes confirmaram que antes e principalmente durante o processo licitatório, servidores públicos do estado de Rondônia e o sócio proprietário da empresa, mantiveram inúmeros contatos e trocas de documentos com o objetivo de tornar essa empresa a vencedora da licitação.