CANOAS | Petrobras pretende vender 60% da Refap

Estadão Conteúdo | A refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, deverá mudar de dono. Nesta quinta-feira a Petrobras anunciou que pretende vender 60% da empresa. A busca dos parceiros, segundo a Petrobras, seria por meio de processo competitivo, com empresas diferentes por bloco. A estatal propõe essa criação de parcerias em blocos geográficos porque, segundo ela, “garante dinâmica de mercado, reduzindo o risco de competição predatória”.

Em comunicado, a estatal esclarece que este modelo ainda não conta com a aprovação formal de seus órgãos de governança (Diretoria Executiva e Conselho de Administração).

De acordo com a estatal, o modelo mais interessante seria o de polos integrados, que permitiriam poder de precificação regional; captura da margem integrada; acesso privilegiado ao mercado regional; logística e refino.

Segundo a Petrobras, um modelo com transferência do controle, onde a empresa teria participação minoritária, parece mais atrativo para atingir os objetivos estratégicos. Com a participação minoritária, haveria a inclusão de dois novos operadores no sistema, além de um prêmio de controle com captura positiva para o Ebitda.

O modelo será apresentado durante o seminário técnico “Reposicionamento da Petrobras em Refino”, que acontece nesta quinta-feira na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

Segundo a empresa, a busca de parcerias na área de refino foi aprovada no Planejamento Estratégico e no Plano de Negócios e Gestão de 2017-2021 e reforçada no PNG 2018-2022. A estratégia visa reduzir o risco da

Petrobras, agregando valor na atuação em E&P, refino, transporte, logística, distribuição e comercialização por meio de parcerias e desinvestimentos.

Mais privatizações

A estatal propõe a realização de parcerias em 2 blocos regionais com dimensão relevante no mercado. No Nordeste, incluiria a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e a Refinaria Landulpho Alves (Rlan), e no Sul, além da Refap, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) no Paraná. Na parceria no Nordeste, a Petrobras ficaria com participação de 40% e uma outra empresa, com 60%. Os ativos desse negócio seriam, além das duas refinarias (Rnest e Rlan), cinco terminais. A parceria no Sul teria a mesma participação de cada companhia e, além das duas refinarias (Repar e Refap), sete terminais. No restante do País, a Petrobras manteria 100% de participação em nove refinarias e 36 terminais.

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