SAPUCAIA DO SUL | Polícia Civil deflagra operação depois de encontrar corpos em poço

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Da redação | A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (4), em Sapucaia do Sul, a Operação Chamado. O objetivo era desarticular um esquema de assassinatos na Região Metropolitana.

Foram três meses de investigações coordenadas pela delegada Luciane Bertolletti da 2ª Delegacia de Sapucaia. Os trabalhos começaram depois de uma sequência de desaparecimentos em Canoas nas primeiras semanas de janeiro. No dia 22 de janeiro, dois cadáveres foram encontrados em avançado estado de decomposição em um poço na Invasão Lomba da Palmeira, em Sapucaia. “As vítimas foram mortas a tiros e os autores colocaram cal e tora por cima dos corpos para que eles continuassem submersos”, afirmou a delegada.

Os dois corpos foram identificados. Para isso, foi necessário o trabalho da perícia e a realização do exame de DNA. As duas vítimas tinha sido sequestradas no bairro Niterói. “Nós tínhamos aí um ritual de sequestros, torturas, mortes e assassinatos”, comentou o delegado titular da 2ª DPRM, Mário Souza.

As investigações apontaram para um esquema bem montado e diferenciado de criminalidade. Durante diligências e depoimentos de testemunhas, os policiais chegaram a um homem de 34 anos. Ele foi preso preventivamente esta manhã. Ele tem antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, receptação, ameaça, vias de fato e violação de domicílio como o autor dos crimes. No último domingo (31), ele já havia sido pego pela Brigada Militar em crime de menor porte, em Gravataí.

O homem foi preso em casa na cidade de Gravataí (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A delegada Luciane Bertolletti esclareceu que “foi uma investigação profunda e complexa para desarticular o esquema criminoso.” Já o delegado Mário Souza, afirmou que “chama a atenção a criatividade e brutalidade do Crime especialmente nesse esquema de assassinatos, visto que o grupo criminoso, segundo as investigações, por meio de seu matador armou um complexo esquema para tentar destruir os corpos e esconder o crime de homicídio.”

Agora, as investigações continuam para apurar quais ligações que o preso tinha com o grupo criminoso que foi desarticulado ontem durante a Operação Divisas, em Canoas. “Vamos agora apurar os possíveis mandantes do crime”, finalizou o delegado.

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