Foto: Polícia Civil/Divulgação
Da redação | Os presos na Operação Ultimato, deflagrada pela Polícia Civil em Canoas, eram conhecidos por serem matadores de facções criminosas. As vítimas eram torturadas antes da morte. “Um dos sobreviventes viu uma vítima sendo torturada. Nesse caso, eles cortaram três dedos da pessoa”, comentou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Thiago Carrijo. Os criminosos também amarravam e faziam tortura psicológica com os alvos que eram, na maioria, integrantes de facções rivais. “Uma das motivações mais comuns era a disputa por territórios do tráfico de drogas”, pontuou.
O objetivo da operação era desarticular essa organização criminosa responsável por homicídios ocorridos no município. A ação foi desencadeada na última sexta-feira (19) com a prisão de dois matadores. Cada um, no momento do flagrante, estava com uma pistola 9mm na cintura. Entre sábado (20) e a última segunda (22) mais cinco criminosos. Hoje, os policiais prenderam outros quatro bandidos. Além dos mandados de prisão, foram cumprido nove de busca e apreensão.
O grupo, conforme apurado pela investigação coordenada pelo titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, Thiago Carrijo, é responsável por, pelo menos, doze homicídios no município. Na ficha deles, estão o duplo homicídio em um condomínio residencial no bairro Niterói, os dois corpos que foram encontrados em um poço de Sapucaia do Sul, o homem que foi encontrado morto em Nova Santa Rita, o homem morto que ainda não teve o corpo encontrado, o cadeirante que teve parte do corpo espalhada pela cidade, dois homicídios em Sapucaia e mais duas tentativas no bairro Guajuviras.
Durante a operação, os policiais apreenderam dois revólveres, munições e documentos. “As prisões é um forte golpe na organização criminosa, que perde, de forma severa, alguns dos seus principais indivíduos”, afirmou o delegado.
Carrijo ainda ressaltou que a operação desta terça-feira (23) se conecta em outras que já foram realizadas na cidade. Na lista, estão a Molothrus, Chamado e a Divisas.
Queda no número de homicídios
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), delegado Mário Souza, esclareceu que essa operação se soma a redução dos homicídios que está acontecendo em Canoas. “Essa queda é, em grande parte, motivada pelo trabalho integrado entre a Brigada Militar, Guarda Municipal e Polícia Civil. É nossa prioridade absoluta o enfrentamento aos homicídios e a prisão dos assassinos”, finalizou.