Marido que mandou matar mulher na frente da filha em Canoas é condenado a 22 anos de prisão

O julgamento durou dois dias

O homem acusado de mandar matar a esposa, Andressa Reinaldo Ellwanger de 25 anos, em Canoas, na Região Metropolitana, foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado. André Ellwanger Friedrich foi julgado por dois dias e a sentença foi lida na última quarta-feira (4). Ele foi considerado culpado pelo assassinato.

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O Tribunal do Júri condenou também o outro réu, que foi acusado de ser cúmplice de André, Anderson José dos Santos. Ele recebeu a pena de cinco anos de reclusão (o regime inicial será o aberto em função do desconto pelos dias cumpridos em prisão preventiva). Segundo o TJ, os sete jurados apontaram André como responsável pelo homicídio qualificado (meio que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), e Anderson, por homicídio simples.

A reportagem de Agência GBC tenta contato com a defesa de André, mas ainda não obteve retorno. Já a Defensoria Pública, que defendeu André, contou que “o Conselho de sentença afastou a acusação de que Anderson era o homem do gatilho, aquele que havia efetuado os disparos de arma de fogo contra a vítima. A Defensoria vai recorrer, pois no entendimento da defesa, a pena não é compatível com a conduta do acusado. Além disso, houve o afastamento de três qualificadoras: de que ele não atuou na emboscada, não aceitou dinheiro ou promessa de recompensa e também não houve situação de violência doméstica em relação ao Anderson e a vítima”.

O crime

Andressa foi morta no dia 18 de setembro de 2016. A família chegava em casa, no bairro Estância Velha, quando um criminoso anunciou o roubo. Mesmo sem qualquer reação da vítima, o bandido atirou na cabeça dela e fugiu do local. Na sequência, conforme a promotoria do Ministério Público (MP), André simulou que queria prestar socorro à mulher e chegou a pedir a ajuda dos vizinhos. A filha do casal, de dois anos na época, presenciou o crime.

Após o crime, a Polícia Civil começou a conduzir a investigação como se fosse um latrocínio. Mas, mudou a linha para feminicídio. A motivação, é que André não aceitava o final do relacionamento com Andressa e isso implicava em uma disputa patrimonial de herança.

A dupla está presa desde 2016.

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