Traficante de Esteio é preso por ligação com grupo que agia como milícia em Canoas

O grupo tinha relação com agiotas, traficantes e outros crimes

Um traficante foi preso na manhã desta quinta-feira (20), em Esteio, na Região Metropolitana. O local da prisão, que ocorreu durante a Operação Praetoruim, não foi divulgado pela Polícia Civil. O objetivo da ação era combater os crimes de tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro que são praticados por integrantes de uma organização criminosa do município.

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Na ofensiva, foram cumpridas 45 ordens judiciais. Sendo, 33 de busca e apreensão, e 12 de prisão em Canoas, Esteio, Imbé, Tramandaí e Rio Grande. Foram dois anos de investigação que partiu de uma denúncia anônima sobre agiotagem e o tráfico de drogas.

Operação Praetoruim

O principal alvo da ação mantinha uma empresa de segurança privada de fachada. Morador do bairro Niterói, segundo a delegada Miriam Thomé, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Canoas, ele controla um grande esquema criminoso. “Ele já tinha sido alvo de uma ação quando foi acusado de agiotagem. Com o passar do tempo, nos surpreendeu a atuação dele dentro da organização criminosa”.

Esse criminoso emprestava dinheiro como agiota. Ele dava pequenos prazos de pagamento e cobrava juros altíssimos. As vítimas eram agredidas se não pagassem conforme ele queria e o valor ia aumentando cada vez mais. “Num exemplo bem simples: ele emprestava R$ 500. 15 dias depois, ele cobrava R$ 1000 e agredia a vítima. Um mês, esse valor tinha dobrado e as agressões aumentavam junto. Ele fazia ameaças de morte e tudo mais”, relata a delegada.

O alvo não agia sozinho. Ele tinha funcionários, em grande maioria moradores dos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças que realizavam as cobranças e outros tipos de crimes, como o tráfico de drogas por exemplo.

Empresa de fachada

O que chamou a atenção da polícia, foi a empresa de fachada que o criminoso mantinha. Por causa da Lei de Abuso de Autoridade nem o nome dela e o dos criminosos envolvidos, foram divulgados. “Algumas vítimas contratavam a empresa e eles faziam isso de fachada. Aí eles ofereciam dinheiro e convenciam as vítimas a pegar o empréstimo”, afirma a delegada.

Operação perigosa

Conforme o diretor da 2ª Delegacia Regional de Polícia Metropolitana, delegado Mario Souza, a investida dos agentes foi considerada de alto risco, pois os criminosos eram “muito violentos” e ligados a uma tradicional facção criminosa no Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor, com o uso da violência física e empresa de fachada, os milicianos captavam dinheiro para abastecer o tráfico de drogas. “Essa quadrilha utilizava uma segurança armada para manter o líder e os bandidos seguros. Eles atuavam em Canoas e a facção tem berço no Vale do Sinos”, destaca Mario Souza.

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