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“Temos dois perigos: a ignorĂąncia de nĂŁo saber e a intencional, das pessoas que fazem questĂŁo de nĂŁo saber, e assim, seguirem ignorantes”. A frase Ă© do professor e filĂłsofo Mario SĂ©rgio Cortella e descreve o Brasil.
Enquanto o mundo luta na prevenção contra o novo coronavĂrus, o brasileiro mĂ©dio debocha, faz piada, ignora medida preventivas, diz nĂŁo ter medo da doença. Essa postura corrobora com a do presidente Jair Bolsonaro, que contraria recomendaçÔes do prĂłprio MinistĂ©rio da SaĂșde, ao apoiar e participar de manifestaçÔes, inclusive antidemocrĂĄticas, e colocando em risco a saĂșde das pessoas.
Neste dia em que escrevo (17 de março) jĂĄ sĂŁo mais de 300 casos confirmados e estamos apenas no inĂcio. O paĂs decretarĂĄ estado de calamidade pĂșblica, o que dispensa a UniĂŁo de atingir a meta fiscal. Ou seja, a retomada da economia nĂŁo ocorrerĂĄ em 2020, quiçå nem no prĂłximo ano, pois o Governo nĂŁo se precaveu, se ateve em inimigos fantasmas e em declaraçÔes que nada ajudam.
Ă urgente que Bolsonaro assuma sua função como lĂder de uma nação. Que feche aeroportos, indique e siga veementemente as recomendaçÔes dos profissionais de saĂșde e pare se colocar o inflamento de seu ego acima da saĂșde pĂșblica. Presidente, faça como a grande maioria do lĂderes mundiais: use a força do seu discurso para o bem. Saia, junto com seus eleitores do mundo paralelo bolha que apenas os cerca, mas coloca todos para pagar a conta. Ainda nĂŁo estamos em uma situação descontrolada, mas quando mais nos cuidarmos, antes o mal vai embora.