Venda de calçados falsificados, apreendidos em Canoas, era comandada por família

Esquema criminoso operado por trio foi investigado por dois meses pela Polícia Civil

O comércio de calçados falsificados, fechado pela Polícia Civil nesta terça-feira (02), em Canoas, era comandado por uma família. Três integrantes do esquema criminoso foram presos e mais de cinco mil pares apreendidos no depósito do grupo, no bairro Igara.

O dono do atacado e a esposa dele comandavam o varejo, enquanto que a mãe do proprietário era a chefe de estoque da loja. Eles foram investigados por dois meses pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Rodrigo Caldas, os três foram enquadrados no crime contra as relações de consumo. A pena é de detenção dois a cinco anos ou multa. Porém, os agentes estudam a hipótese de associação criminosa e sonegação fiscal.

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Os produtos imitavam marcas famosas. Itens como tênis, sapatos e bolsas acabaram sendo recolhidos pela polícia. Preliminarmente, estima-se que o prejuízo para as empresas detentoras das marcas seja superior a R$ 100 mil.

Os investigadores descobriram que as réplicas de calçados eram vendidas por um preço muito abaixo do praticado pelas marcas originais.

“Notamos valores entre R$ 50 a R$ 250, de acordo com o produto e a quantidade. E, por exemplo, um par de tênis de uma marca famosa que em uma loja custaria em torno de R$ 1 mil, eles vendiam por R$ 150, R$ 200”, pontuou Caldas.

O delegado explicou que o depósito funcionava como ponto de distribuição das mercadorias para pequenos comércios informais, mas também aceitava que o consumidor comprasse diretamente no local.

“Além da possível sonegação fiscal e dano para as empresas detentoras das marcas, existe também o prejuízo para a saúde de quem compra esse produto, que não é produzido dentro das normas de segurança e pode acarretar em problemas ortopédicos”, frisa o delegado Caldas.

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A Polícia Civil acredita que os itens tenham sido manufaturados em solo brasileiro. Os produtos, agora, devem ser destinados aos representantes das empresas que sofreram a falsificação. As marcas ficarão como fieis depositários durante o transcorrer do processo.

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