Quem Ă© o terapeuta preso que estuprava pacientes em Canoas

Ele foi alvo da Operação 7 Chakras

O terapeuta holĂ­stico e tambĂ©m fisioterapeuta RogĂ©rio Pizzato foi preso na Ășltima segunda-feira (29) pela PolĂ­cia Civil, em Canoas, acusado de estuprar pacientes. Ele era alvo da Operação 7 Chakras deflagrada pela Delegacia Especializada no Atendimento Ă  Mulher (DEAM).

As investigaçÔes começaram apĂłs, em maio, pacientes registrarem ocorrĂȘncia de crime que envolvia violĂȘncia sexual contra o acusado. O homem, que trabalha como terapeuta holĂ­stico, tambĂ©m se intitula como palestrante, escritor, professor e atuante com fĂ­sica quĂąntica e a tĂ©cnica de apometria sistĂȘmica. AlĂ©m de atuar em Canoas ele tambĂ©m atendia pacientes de Porto Alegre.

Conforme apurado pela PolĂ­cia Civil, RogĂ©rio realizava atendimentos particulares de psicoterapia. Quando as vĂ­timas informavam que tinham algum problema Ă­ntimo de cunho sexual, ele iniciava a aproximação fĂ­sica com as pacientes, evoluindo para o contato sexual. O criminoso insistia para que as pacientes continuassem o tratamento sem procurar outros profissionais. Para convencĂȘ-las, ele dizia que elas precisavam acreditar no tratamento proposto e nĂŁo contar para ninguĂ©m sobre a tĂ©cnica utilizada.

Durante as sessÔes, o investigado iniciava com conversas e ia evoluindo para contatos físicos com toques no corpo da paciente, aproximando-se a cada sessão, quando sugeria para que elas tocassem nele e fizessem sexo oral nele ou o masturbassem. Em pelo menos uma das pacientes ele evoluiu para a pråtica sexual com penetração vaginal e anal.

As vĂ­timas apresentavam em comum muita fragilidade emocional e o investigado era visto como um “mestre” para elas, se valendo da confiança e sigilo sobre a tĂ©cnica empregada. VĂĄrias vĂ­timas que fizeram terapia individual com o investigado tambĂ©m realizaram cursos e participaram de palestras ministradas por ele, o qual dizia que seus cursos as fariam crescer profissionalmente e render-lhes muito dinheiro. Os gastos de uma paciente com o preso chegaram a R$ 25 mil.

Além do mandado de prisão, os policiais também cumpriram dois mandados de busca e apreensão. O objetivo era apreender documentos eletrÎnicos.

A reportagem de AgĂȘncia GBC tenta contato com a defesa de RogĂ©rio, mas ainda nĂŁo obteve retorno.

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