O reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, defendeu a necessidade de um lockdown por até três semanas no Rio Grande do Sul como forma de reduzir a circulação de coronavírus. A declaração foi dada nesta terça-feira (21) em entrevista ao programa Timeline da Rádio Gaúcha.
Apesar de o Estado ter registrado uma desaceleração do número de internações de 30% para de 15%, a capacidade de ampliação da oferta de leitos não consegue ter a mesma velocidade do aumento da demanda.
A situação que mais preocupa é a da Região Metropolitana, onde a capacidade hospitalar tem chegado próximo ao limite. Em Canoas, por exemplo, a ocupação dos leitos de UTI Covid chegou novamente aos 100% na segunda-feira (20).
Se pudesse dar uma recomendação ao governador Eduardo Leite, Hallal pediria para que os municípios gaúchos fechassem as portas por até três semanas para evitar o contágio e aumento de casos de Covid-19, embora reconheça a situação crítica também na economia.
Citando exemplos de cidades como Nova York, o reitor declarou que “a única forma de evitar o crescimento do vírus é falar o que ninguém quer ouvir, que é hora do Rio Grande do Sul fechar as portas por duas ou três semanas”.
Pedro Hallal destacou que a solução seria adotar um modelo rigoroso de lockdown, ou seja, restringir ao máximo as atividades econômicas e até mesmo exigência de autorização do poder público para sair de casa.
“Na prática, tudo fechado. Não tem comércio, não tem padaria. Só farmácia e mercado em horário super controlado”, disse sustentando que nas cidades onde isso foi feito o número de casos não voltou a crescer.