Porque a Justiça soltou o homem que matou cachorrinha a tiros em Sapucaia do Sul?

O comerciante ficou 24 horas preso

A Justiça determinou na última terça-feira (13) a soltura de Nelson Edison Martins Fagundes de 42 anos. Preso em flagrante, o comerciante atirou com uma arma de pressão e matou a cadela de um menino de 13 anos em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. O crime ocorreu na segunda (12), Dia das Crianças, no momento em que o menino tinha ido ao mercado.

A decisão foi do juiz plantonista Fernando Alberto Corrêa Henning. Na decisão, o magistrado homologou a prisão em flagrante, mas determinou a liberdade após analisar o histórico do comerciante. Por isso, ele concluiu que não tinha necessidade de manter Nelson preso. “O flagrado não possui antecedentes e não há qualquer indicação especial da necessidade da prisão cautelar para fins de preservação da ordem pública ou econômica, regularidade da instrução ou assecuração da aplicação da lei penal; tampouco há medida cautelar por ele descumprida.”

O magistrado determinou a liberdade provisória sob compromisso de que o homem compareça aos atos do processo, mantenha endereço atualizado e não se ausente da comarca.

A reportagem de Agência GBC tenta contato com a defesa do comerciante, mas ainda não obteve retorno.

Entenda o caso

O crime ocorreu em um minimercado na Avenida Juventino Machado, loteamento Nascer do Sol, bairro Boa Vista.

Segundo a Brigada Militar (BM), os dois entraram no mercadinho e começaram as suas compras, quando de repente ouviram alguns estouros e a cachorrinha começou a gritar. Ambos foram pra rua ver o que tinha acontecido e encontraram a cachorrinha sangrando e o dono do local estava próximo segurando uma arma de fogo.

Os irmãos pegaram o cachorro e foram pra casa onde contaram para a mãe o ocorrido. Ao chegar em casa, a dupla percebeu que a cachorrinha estava morta. De acordo com a polícia, a mãe dos jovens ligou para a Brigada Militar que foi até a casa da família. Os policiais foram até o mercadinho e prenderam em flagrante o dono do local, que ainda estava com a arma dentro do estabelecimento. Porém, em averiguação, foi constatado que era uma arma de chumbinho.

Conforme a BM, quando foi preso, o comerciante falou para os policiais que ele não tinha a intenção de matar a cachorrinha. Ele queria apenas assustar o animal para que saísse da frente de seu estabelecimento.

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