Policia Civil revela como foi negociações do sequestro da médica

Eles chegaram a pedir R$ 2 milhões de resgate

Os criminosos que sequestraram a médica Tamires Regina Gemelli da Silva Mignoni, 30 anos, em Erechim, na última sexta-feira (16), exigiram R$ 2 milhões para libertá-la. Policiais civis libertaram a médica 128 horas depois, na noite da última quarta-feira (21), em Cantagalo, Paraná.

De acordo com a polícia o resgate não foi pago. Os policiais encontraram o local onde Tamires era feita de refém e prenderam dois homens e uma mulher. Ainda segundo a polícia, os sequestradores não abaixavam o valor nas negociações. “Anota o telefone aí e pede para o pai dela me ligar”, falou o sequestrador.

Segundo a polícia, o pai de Tamires, por telefone, foi informado que os sequestradores exigiam resgate milionário. O criminoso perguntava quanto tempo que o pai precisava para conseguir o dinheiro. O sequestrador, que cogitava o período de uma semana, se referia ao dinheiro como doação. “Quer doar dez, sete, cinco ou dois? Quantos milhões quer doar?”, perguntava o criminoso.

O pai da médica respondeu que não tinha o dinheiro que era exigido e o criminoso respondia que se fosse pago R$ 2 milhões, Tamires era devolvida com vida. Até aquele momento não havia provas se Tamires estava bem ou viva.

Segundo a Polícia Civil, assim que foi confirmado o sequestro, na manhã do último sábado (17), equipes do DEIC se dividiram. Uma saiu de Porto Alegre e foi até Erechim, e a segunda foi até o Paraná para assessorar a família.
Três dias após o primeiro contato, o sequestrador telefonou novamente para questionar se a família já teria conseguido o valor exigido. Nessa ligação, o criminoso pôs Tamires no telefone para mostrar que estava bem e viva.

Segundo a polícia, um dos veículos utilizados pelos sequestradores para ir de Laranjeiras do Sul até Erechim para cometer o crime foi identificado pela investigação. A polícia descobriu que, dois dias antes, esse carro foi até Santa Catarina. No dia do sequestro, foram até Erechim, onde sequestraram Tamires quando ela saía do trabalho.

Através de câmeras de segurança, os policiais descobriram que um casal estava a bordo do veículo. Os dois foram a uma farmácia, onde fizeram a recarga de celular, e em outros pontos da cidade.

O Uno, encontrado abandonado na cidade de Seara, estava em nome de um vigilante de Laranjeiras do Sul.

Os policiais identificaram como um dos suspeitos do crime o vigilante, que apontado como mentor do sequestro, e uma mulher, cuja função vigiar Tamires no cativeiro.

O homem foi preso no município de Cantagalo, no Paraná na quarta-feira. Ele estava em um Voyage, que foi usado para levar a médica até a cidade paranaense.

O vigilante não indicou a localização do cativeiro, que foi descoberto pelos policiais naquela noite, em Cantagalo.

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