Os agentes da Delegacia da Mulher de Canoas prenderam pela segunda vez, na Ășltima sexta-feira (4), o terapeuta holĂstico acusado de estuprar, pelo menos, 10 pacientes. Segundo a investigação, os abusos aconteciam durante as consultas.
A investigação começou em maio. A delegada Clarissa Demartini começou a apurar o abuso sexual de duas mulheres durante as sessĂ”es de terapia. ApĂłs a prisĂŁo, em 29 de junho, 10 vĂtimas prestaram depoimento contra o suspeito. AlĂ©m do abuso, as mulheres relataram perdas de valores, sendo que uma delas confirmou ter repassado R$ 25 mil em cursos e terapias. âFoi uma investigação bastante complexa, pois a prova testemunhal sempre vinha carregada de emoçãoâ destacou a delegada.
Em outubro, o terapeuta foi solto pela justiça. Ele passou a usar tornozeleira eletrĂŽnica. PorĂ©m, ele retornou para a prisĂŁo apĂłs o MinistĂ©rio PĂșblico (MP) recorrer por entender que havia riscos de possĂveis novos casos e de coação das vĂtimas.
âEsta investigação possibilitou que interrompĂȘssemos a violĂȘncia que estava acontecendo hĂĄ anos. Foram dez mulheres identificadas, mas estimamos que outras possam ter sido vĂtimas dos atos deste terapeuta, que, por vergonha, permanecem no anonimatoâ, comentou o diretor da 2ÂȘ Delegacia Regional Metropolitana, delegado Mario Souza.