“Ele matou, tentando salvar ela”, diz defesa de homem condenado por matar cunhada em Cachoeirinha

Evandro Ferreira de 44 anos condenado por matar a cunhada Elaine Silva da Silva em Cachoeirinha, no ano de 2018, foi julgado pelo crime na última terça-feira (9). Ele foi condenado a mais de 13 anos de prisão.

A sessão durou mais de 14 horas no Fórum de Cachoeirinha. Evandro vai cumprir pena pelos seguintes crimes: homicídio duplamente qualificado pelo emprego de asfixia e por ter ocorrido em ambiente doméstico, além de ocultação de cadáver. Ele seguirá preso no Complexo Penitenciário de Canoas.

A defesa de Evandro, feita pelos advogados Pedro Misael da Silva Corrêa e Tatiana Assis Machado Bersagui, informou em entrevista a Agência GBC que vai recorrer da decisão. “A gente entende que o julgamento foi contrário à prova dos autos e algumas outras questões que achamos necessário para recorrer. Mas, ressalto, que a decisão do magistrado foi muito coerente”, afirmou Pedro.

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Durante explanação da defesa, o advogado ressaltou que a morte ocorreu de forma acidental. “Ela matou ela, tentando salvar ela. Ele diz que não se perdoa dia e noite pela morte dela. Se ele levasse a um hospital, ela não teria sobrevivido.” Pedro ainda relata a briga que ocasionou a morte de Elaine. “Eles discutem, ela vai para cima e Evandro a segura pelo pescoço. Ele disse aqui, para todo mundo ouvir, que pegou ela com as duas mãos, a afugenta e ela cai após desmaiar. Ela caiu porque ele, realmente, a apertou com força, mas ele não asfixiou ela.”

Relembre o caso

No dia 11 de setembro, colegas de Elaine estranharam seu atraso para chegar na revenda em que trabalhava. Ela não tinha faltas e era pontual. Sem celular, a empresa alertou a família que tentou falar com Evandro. Ele não atendeu e aí, o desaparecimento dos dois, começou a ser investigado.

Elaine e Ferreira residiam no mesmo endereço, no bairro Parque da Matriz, em Cachoeirinha. Ela no andar de cima, com os pais e uma irmã, e Evandro no piso inferior, com a esposa e a filha. Imagens de câmeras próximas da casa captaram o momento em que o instrutor de danças havia deixado a residência em seu Siena vermelho. os dias, ele costumava leva-la até a revenda, a cerca de dois quilômetros dali, e depois seguia para um curso profissionalizante.  

Dois dias após o sumiço, o corpo de Elaine foi encontrado em um matagal de Morungava, em Gravataí, ao lado do carro de Ferreira. O Siena estava com o porta-malas aberto, e o corpo dela em um mato, coberto por capim. Perto, estava a bolsa de Elaine, com documentos e dinheiro.

Moradores relataram aos policiais que um homem “com as roupas sujas” teria sido visto circulando pela região. Dias após o crime, Evandro foi preso em um hotel de Cruz Alta.

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