PREPARE-SE! Aulas voltam em maio com regras diferentes para cada escola em Canoas

Professores querem vacinação antes do retorno.

Bruno Lara | [email protected]

A Prefeitura de Canoas se prepara para um retorno às salas de aula com um modelo híbrido, entre presencial e online, para maio. Os professores não são contrários, mas pedem garantias sanitárias para uma volta com segurança. Ao que tudo indica a decisão vai ficar com o Governo do Estado ou com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A secretária da Educação, Dra. Sônia Rosa, garante que as 44 escolas de ensino fundamental precisarão se adaptar antes da mudança no formato. “Importante registrar que somente as escolas em condições, de acordo com seus Planos de Contingência, podem retornar (quando for possível), atendendo aos protocolos sanitários”, destacou.

Além do risco de contágio das crianças e dos profissionais, a preocupação é quanto ao diferente nível de aprendizagem que cada estudante deve retornar para a escola. Os mais vulneráveis, que não tem acesso à internet, estão entre as maiores preocupações. “Entende-se que os alunos já estão em defasagem não só cognitivos, mas socioemocionais. Estamos ansiosos e organizados para o retorno, mas como mencionei, é uma pauta da saúde e todos estamos engendrados nela”, ressaltou.

Para a Agência GBC, o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação Municipal de Canoas (Sinprocan), Júlio César Rodrigues dos Santos, reforçou nesta quarta-feira (7) a importância de que as condições sanitárias e de protocolos sejam atendidas na integralidade.

Ele também lembra que as atividades não estão paralisadas. As aulas voltaram no dia 22 de fevereiro no formato online. “A escola não parou. As atividades continuam a todo vapor, inclusive com formações e atividades para vencer os conteúdos mínimos. Não somos contra o retorno das aulas, mas para ter o retorno das aulas presenciais precisamos de uma garantia sanitária”, defende o presidente do sindicato.

Rosa avalia que o ensino híbrido se faz necessário, mas garante que Canoas está alinhada com o Estado e que vai considerar os indicadores pandêmicos locais. “Foi preciso reinventar estratégias diferentes para atingirmos os alunos. E isto estamos fazendo, por óbvio ainda insuficientes. São diferentes alternativas para que as atividades organizadas pelos professores cheguem aos alunos. Além disso, estabelecendo uma forte relação com as famílias”, avalia.

São 28 mil alunos na rede municipal de educação, contabilizando apenas o ensino fundamental. Junto com as escolas de educação infantil próprias e conveniadas, o total é de 34 mil crianças.

A decisão da reabertura ou não está no momento com o STF. A vacinação dos professores no estado, por outro lado, aguarda aprovação do Ministério da Saúde.

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