SecretĂĄrio adjunto de Desenvolvimento EconĂŽmico de Porto Alegre, Vicente Perrone, prestou depoimento na quarta-feira (21) sobre o restaurante que desabou no domingo (18), na Ilha das Flores, na Capital. A linha de investigação da PolĂcia Civil Ă© de que o proprietĂĄrio do estabelecimento possa responder pelos crimes de homicĂdio e lesĂŁo corporal.Â
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Perrone foi falar sobre a interdição do local, interditado no dia 20 de janeiro por descumprir os decretos municipais e estaduais de combate ao coronavĂrus. Na ocasiĂŁo, ocorria um evento com mais de 80 pessoas. Segundo a Prefeitura da capital, a parte que caiu nĂŁo tinha nenhum tipo de alvarĂĄ.Â
A queda do deck matou a moradora de Canoas Ana Elisa Andrade Genaro Oliveira, de 26 anos. Ela chegou a ser resgatada e levada para o Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre (HPS), mas nĂŁo resistiu Ă s complicaçÔes do perĂodo que ficou submersa nas ĂĄguas do rio JacuĂ.
Excesso de peso
De acordo com a investigação, testemunhas relataram que mais de 100 pessoas estavam nesse evento. Destas, entre 10 e 15 caĂram na ĂĄgua. Em cima da estrutura que desabou, foi montada uma pista de dança. Uma mesa de som onde se apresentavam DJs tambĂ©m estava no deck, alĂ©m de diversas mesas e cadeiras.
O Instituto Geral de PerĂcias (IGP) divulgou que uma constatação inicial, feita pelos peritos no local, indica que a estrutura teria se rompido devido ao excesso de peso causado pela aglomeração. âHavia pontos no entorno da estrutura rompida, o que indica falhas de conservação. A perĂcia fez o levantamento fotogrĂĄfico das peças que foram rompidas alĂ©m da medição dos elementos da estrutura. A parte que ruiu tem aproximadamente 50 metros quadradosâ, indica o instituto.
O projeto estrutural do deck tambĂ©m foi requisitado para anĂĄlise. O documento deverĂĄ indicar o peso mĂĄximo que a estrutura poderia comportar e a informação serĂĄ confrontada com uma estimativa de peso das pessoas que estavam no local no momento do desabamento. O espaço foi analisado pela Seção de Engenharia do Departamento de CriminalĂstica (DC) do IGP.
Para o jornal Correio do Povo, a defesa do proprietĂĄrio do local informou que o empreendimento possuĂa alvarĂĄ de funcionamento e Plano de Prevenção Contra IncĂȘndio. O advogado tambĂ©m assegurou que o nĂșmero de pessoas estava dentro das normas e a manutenção da estrutura era realizada periodicamente.