O Corpo de Bombeiros de Tramandaí encerrou as buscas pelo corpo do menino Miguel, morto pela mãe e pela madrasta no Litoral Norte no dia 29 de julho deste ano. Foram 48 dias procurando Miguel dos Santos Rodrigues, de apenas 7 anos, mas nada foi encontrado.
A mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues (26), confessou o homicídio e disse ter jogado a criança no Rio Tramandaí. Responsáveis pelas buscas percorreram cidades vizinhas, vasculharam pelas águas e utilizaram drones na procura, mas acreditam que o corpo já esteja em alto mar e longe do litoral gaúcho.
Relembre o caso
Yasmin Vaz dos Santos foi presa em flagrante após procurar a delegacia de Imbé para comunicar o desaparecimento do filho Miguel. Ao longo da conversa com os policiais, ela confessou que dopou a criança e jogou no rio.
De acordo com a polícia, a mulher disse que não tinha nenhum sentimento pelo filho e deu fluoxetina para a criança antes de colocar o corpo em uma mala. Em seguida, ela saiu com a companheira e na beira do rio, tirou o filho da mala e arremessou no rio. Ela não sabe se ele estava morto.
A mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil no dia 7 de agosto. Elas vão responder por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os crimes têm agravantes por se tratar de uma criança menor de 14 anos de idade e por ser contra um descendente.
Depois de presa, Bruna chegou a tentar suicídio na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O local recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.
Defesa nega culpa
Agência GBC ainda tenta contato com a defesa, mas sem sucesso até o momento. Para GZH, o advogado de Yasmin, Jean Severo, afirma que ela se declara inocente e que tem sido coagida a confessar o crime. Segundo ele, a acusava vai apresentar sua versão para o juíz.
A defesa de Bruna também falou com GZH. A advogada Helena Von Wurmb afirmou: “quanto às provas produzidas até o presente momento, fica claro que nenhuma serve a comprovar nenhum envolvimento da Bruna no homicídio do Miguel. Assim, como elas afirmam, reafirmamos, a Bruna não teve nenhum envolvimento na morte do menino”.