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A menina Betina Bessa Mendes de 2 anos e 10 meses morreu no último sábado (1°) enquanto aguardava um leito de pediátrico em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Cruz Alta. O óbito veio após um choque séptico.

A criança estava na fila para tratamento especializado no Hospital São Vicente de Paulo. A equipe médica tentou leitos em hospitais de Santa Maria, Passo Fundo, Santa Rosa e até Rio Grande, mas não havia vagas.

Betina teve uma gastroenterite que evoluiu para uma septicemia – quando uma bactéria infecta a corrente sanguínea –. Com isso, houve infiltração de líquido nos pulmões, falência renal e necessidade de hemodiálise. Diante do quatro, a menina precisava de um cirurgião pediátrico para colocação de um acesso profundo no peito, necessário para levar medicamentos que debelassem a infecção. O procedimento só poderia ser feito em uma UTI.

Enquanto o hospital tentava vaga em UTI de outros municípios, a família acionou a Justiça na noite de sexta-feira (31). Menos de 12 horas depois, veio a decisão favorável que mandava Betina ser levada para um leito de UTI em Passo Fundo. A vaga seria paga pela Secretaria Estadual de Saúde, na rede hospitalar privada. Porém, Betina morreu antes de ser transferida.

A reportagem de Agência GBC tenta contato com a Secretaria Estadual de Saúde para entender o motivo da falta de leitos e a demora para que a transferência fosse realizada.