Justiça manda para casa preso considerado um dos maiores traficantes do RS

Ele alegou problemas de saúde

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Considerados um dos maiores traficantes do Rio Grande do Sul, Paulo Ricardo Santos da Silva de 63 anos, mais conhecido como Paulão da Conceição, recebeu tornozeleira eletrônica após ganhar a prisão domiciliar humanitária de 90 dias por problemas de saúde. Ele foi condenado em 2017 a 28 anos de prisão por homicídio.

Segundo a Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), Paulão estava na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Ele foi liberado na última quarta-feira (2) após a instalação da tornozeleira ter sido concluída.

Na decisão, a juíza Sonáli da Cruz Zluhan pontua que Paulão pede a saída do regime fechado desde 2010 por causa de problemas de saúde. Nesse período, já foram apresentados, pelo menos, 12 laudos apontando as comorbidades do detento. Entre as doenças, está uma cardiopatia.

Conforme a magistrada, o preso precisa de atendimento médico e manter uma dieta especial que o Estado não está fornecendo. Por isso, ela liberou Paulão para que ele receba o tratamento em casa. “O quadro dele tem piorado com o passar dos anos. Se não fosse isso, nem cogitaríamos a prisão domiciliar com tornozeleira”, destaca na decisão.

Histórico

A polícia aponta Paulão como ex-líder do tráfico de drogas da Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, em Porto Alegre. Ele está cumprindo pena por ter envolvimento na morte de Maicon Gilberto Silva da Silva, conhecido como Nego Tico, em julho de 2008. Ele foi condenado em julho de 2017 pelo crime.

Porem, em 2012, Paulão foi condenado pela primeira vez por tráfico de drogas. Na época, ele já tinha mais de 30 passagens pela polícia e, no mesmo ano, também foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de um desafeto dentro do Presídio Central em 2007.

Essa não será a primeira vez que Paulão irá cumprir prisão domiciliar. Em 2008, ele alegou problemas cardíacos e fugiu ao saber de uma megaoperação do Ministério Público para prendê-lo. Ele só foi ser preso, novamente, em março de 2010 na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

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