O caso Bernardo Uglione Boldrini ganhou repercussão nacional em 2014. A morte, ocorrida em Três Passos, no Rio Grande do Sul, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (9). Edelvânia Wirganovicz, uma das condenadas, recebeu progressão de regime e vai cumprir pena no semiaberto.
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A decisão é do juiz de direito Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, da 2ª Vara de execuções criminais da comarca de Porto Alegre. Edelvânia está no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier e será levada para o Instituto Feminino de Porto Alegre. A justificativa do magistrado é de que ela passou por exame criminológico e possui “conduta plenamente satisfatória”.
Wirganovicz cumpriu mais de nove anos dos 22 anos e 10 meses que tem de condenação em regime fechado. Ela foi condenada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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A reportagem de Agência GBC procura contato com a defesa, mas ainda não obteve retorno. “Ela corre risco se ficar em um estabelecimento de regime semiaberto convencional. Ela pediu para ir para Frederico Westphalen, acredito que possa recomeçar a vida lá”, disse para GZH o advogado Jean Severo.
Relembre o caso
Bernando foi morto em abril de 2014, quando tinha 11 anos. Seu corpo foi encontrado na área rural de Frederico Westphalen dentro de um saco após 10 dias desaparecido.
O primeiro Grupo Criminal do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) decidiu em dezembro do ano passado anular o julgamento de Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo. Com isso, a condenação dele a 33 anos de prisão também foi anulada. Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, e Evandro Wirganovicz, irmão de Graciele, foram condenados pela morte em julgamento no tribunal do júri de Três Passos (RS), em 2019.
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