PODE FALTAR | Por falta de insumos, empresas estão produzindo menos refrigerantes

A promessa é de retorno à normalidade assim que o CO2 bruto chegar as unidades.

A indústria de refrigerantes sente o impacto da falta de CO2 (dióxido de carbono) no Rio Grande do Sul. Algumas fábricas já pararam ou reduziram a produção. Para GZH, o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, afirma que o problema se deu com a interrupção da entrega dos insumos pela principal fornecedora para empresas de pequeno porte. “Simplesmente eles mandaram um comunicado dizendo que, por motivos de força maior, liberavam a compra do contrato de exclusividade”, afirma.

Ele se refere a multinacional brasileira White Martins. De outros fornecedores, o quilo do CO2, que custava R$ 1,50, agora passou a R$ 30. Valor impossível de repassar para produtos. É o caso da fábrica de vebidas Grassi, de Tubarão, em Santa Cataria. É a responsável pela fabricação do energético Baly, vendido na região por menos de R$ 15.

Um inquérito foi aberto para apurar possíveis crimes contra a ordem econômica, já que a acusação é de que a empresa optou por fornecer as grandes e não para fábricas pequenas. Para GZH, Bairros disse que no mercado nacional existem apenas três fornecedores de CO2, três fabricantes de embalagens de vidro, dois fabricantes de resinas e praticamente duas de ácido cítrico.

Para Estadão Conteúdo, a White Martins informou, por meio de nota, que há restrições em locais específicos, mas que seus clientes estão recebendo a matéria-prima e que eles foram avisados com antecedência da falta do produto. “Diante do cenário da falta da matéria-prima para a produção de CO2, gerado pela parada de manutenção da empresa que fornece CO2 bruto à planta de produção da White Martins, localizada em Cubatão (SP), a empresa continua trabalhando arduamente para manter o suprimento a todos os seus clientes, independentemente do porte”, diz.

A promessa é de retorno à normalidade assim que o CO2 bruto chegar as unidades da White Martins. Isso pode ocorrer nos próximos dias. O comunicado afirma que a empresa “está empreendendo todos os esforços para manter o fornecimento aos seus clientes, independentemente do seu porte, trazendo o produto da Argentina, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos, além da transferência do CO2 de outras plantas da empresa na Bahia e em Minas Gerais”.

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