Empresário de Canoas é preso durante operação da Polícia Civil

Ele é integrante de uma esquema criminoso que frauda licitações

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Um empresário de Canoas foi preso na manhã desta terça-feira (30) pela Polícia Civil durante a Operação Mar de Rosas. Ele integra, segundo a investigação, um esquema criminoso que fraudava licitações em Torres e em outras cidades do Litoral Norte.

Conforme a polícia, os policiais apuraram que os integrantes do esquema são suspeitos de fraudar, pelo menos, duas licitações da prefeitura para esvaziar a concorrência ou criar uma falsa competição. O objetivo era que a empresa que tivesse vínculo com eles ganhasse o processo.

Como funcionava o esquema

Além do empresário de Canoas, dois de Torres foram presos. As informações foram confirmadas pelo delegado Max Ritter. O titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) ressaltou que os três ofereciam a possibilidade de negociação das licitações com representantes das empresas concorrentes para evitar a disputa.

Os investigadores também descobriram que o grupo chegou a criar uma empresa 30 dias antes de uma licitação apenas para poder participar do certame.

Ofensiva

Cerca de 30 policiais cumpriram 16 ordens judiciais, sendo 10 de busca e quatro de prisão preventiva. Os mandados judiciais foram cumpridos em residências e empresas, além das duas ordens judiciais de afastamento cautelar das funções públicas e de proibição de acesso a prédios públicos de dois secretários de Torres.

Em nota, a prefeitura informou que os secretários de Educação e Turismo (leia a íntegra abaixo). Por causa da Lei de Abuso de Autoridade, o nome do empresário não foi divulgado.

Nota da Prefeitura de Torres

“Na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), deu continuidade na Operação Underground do dia 24 de maio. Na Operação de hoje, Mar de Rosas, não foram feitas busca apreensões na sede da Prefeitura Municipal de Torres. Foram cumpridas 16 ordens judiciais em Canoas e Torres, dentre mandados de busca e apreensão, medidas cautelares, afastamento de funções públicas e proibição de acesso e frequência a prédios públicos dos Secretários de Turismo e Educação e da prisão preventiva da subprocuradora de Torres.

A Prefeitura de Torres, sem surpresas, mostrando transparência e idoneidade, colabora desde o início da investigação, se coloca à disposição do (Deic) e confia na justiça. Assim que feita a denúncia por parte de uma das empresas participantes da licitação, a Prefeitura em junho de 2021, suspendeu a mesma, encaminhou a Ata para a Delegacia de Polícia e por determinação do Prefeito, foi instaurado um Processo Administrativo Especial, para que a prefeitura também apure os fatos”.

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