Adão Correa Paiani é a novidade na equipe de defesa de Jairo Jorge para o julgamento do habeas corpus que tramita na 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, em Brasília. É a última cartada do ano para JJ na tentativa de retomar o cargo para o qual foi eleito em 2020 e afastado devido às acusações da Operação Copa Livre, encabeçada pelo Ministério Público gaúcho. Se não for agora, novo recurso só em 2023: a partir de 20 de dezembro, a Justiça Federal entra em recesso e, aí, nada.
Paiani é um advogado gaúcho que atua por aqui e em Brasília, majoritariamente lá, inclusive. Em 2018, foi um dos integrantes da enxuta equipe de transição nomeada por Jair Bolsonaro por indicação de Onyx Lorenzoni – ambos filiados ao Democratas, na época. Adão Paiani ficou conhecido por, dias antes da votação em segundo turno naquele ano, peticionar à então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, para que um representante de cada candidato pudesse indicar até dois fiscais para ‘acompanhar por dentro’ a sistematização dos votos na sala do TSE que é chamada de ‘cofre’ em razão do nível de segurança máximo a que é submetida.
Com o fim do Democratas, Adão Paiani migrou para o União Brasil – o partido de Luiz Carlos Busato, mas ele atuar ao lado de JJ agora pode ser mera coincidência. Apoiou Enio Bacci para deputado federal e Dr. Thiago para estadual. A poucos dias do fechamento da Justiça na capital federal, terá a incumbência de ministros do STJ que Jairo Jorge – o prefeito por mais tempo afastado do cargo em todos os tempos, em todo o país – pode voltar ao cargo enquanto responde às denúncias da Copa Livre.