Entregador dos Correios é preso entregando drogas em Canoas e região

Carga fazia parte de um esquema de tráfico interestadual

CLIQUE AQUI para receber as notícias no WhatsApp

Na madrugada desse domingo (9), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 3ª DIN/DENARC, realizou uma operação Via Expressa, que resultou na desarticulação de um esquema de tráfico de drogas interestadual com o uso de transportadoras. Segundo o delegado Gabriel Borges, a investigação teve início há 90 dias, após uma série de grandes apreensões de drogas pela 3ª DIN.

De acordo com a investigação, os entorpecentes entenderam no Vale dos Sinos nas operações Satus, Sonitus e Reditus, todas em 2023, chegaram ao estado por meio de veículos de transportadoras que geram transporte lícito de cargas diversas. Grupos criminosos gaúchos passaram a aliciar caminhoneiros para o transporte de entorpecentes dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina ao Rio Grande do Sul.

O monitoramento da investigação apurou que a carga legal transportada pelas empresas permanecia separada no compartimento específico, mas os motoristas aliciados transportavam as drogas na cabine do motorista, de modo a não chamar a atenção, nem da empresa, nem da polícia. A rota realizada pelos motoristas também não foi alterada, o que confirmava a atividade, em tese, lícita.

A investigação apurou que o transporte da droga era desejável de forma semanal, sendo aproximadamente meia tonelada de entorpecentes no mês. Na madrugada de sábado para domingo, a equipe de investigação recebeu a informação de que uma carreta do Sedex (Serviço de Encomenda Expressa Nacional), um serviço disponibilizado pelos Correios para envio expresso de encomendas e documentos faria uma entrega de crack num posto perto do pedágio de Gravataí.

A equipe de investigação se posicionou próximo ao pedágio e, próximo das 3h da manhã, quando um veículo com as características foi avistado, foi realizada a abordagem. Na cabine do motorista foram apreendidos 32 KG de cocaína pura e 28kg de crack, totalizando 60kg de droga, gerando um prejuízo de mais de 3 milhões de reais ao grupo criminoso que encomendou o entorpecente. A droga apreendida seria vendida em Canoas e em outras cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.

O motorista, sem antecedentes criminosos e residente em Curitiba, informou que recebeu 4 mil reais para fazer o transporte da droga. A cocaína compreendida é de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza, a qual se manteve a processos químicos poderia render até 5 vezes a quantidade ao crime organizado. Todo esse crack poderia render mais de 150 mil pedras sendo vendidas pelas ruas da região metropolitana de Porto Alegre e interior do estado.

A participação da transportadora será investigada em sede de inquérito policial, tendo em vista que em sede preliminar não se verifica o conhecimento da empresa na prática criminosa. O Delegado Gabriel Borges ressalta que desde janeiro a 3ª DIN já apreendeu mais de 300 KG de cocaína e 200 KG de crack, indicando o foco do departamento na retirada de grandes toras de entorpecentes.

Nota dos Correios

Em relação à operação Via Expressa, realizada pela Polícia Civil/RS nesse fim de semana, os Correios informam que a área de segurança corporativa da empresa está acompanhando o caso e colaborando com as autoridades competentes.

A estatal avalia as medidas contratuais cabíveis nesta situação.

As encomendas que eram transportadas pelo caminhão apreendido já seguiram o fluxo normal de entregas.

Os Correios enfatizam que mantêm estreita parceria com órgãos de segurança pública para prevenir crimes nos serviços postais.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!