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A Polícia Civil não divulga, mas a reportagem de Agência GBC apurou que a barbearia que era utilizada por uma organização criminosa para lavar dinheiro é a ‘El Cartel Fernandes’. A empresa tem filiais em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
A investigação da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro apurou a criação de um esquema de lavagem de dinheiro com o objetivo de mascarar a origem ilícita dos valores que vinham de dois lugares: tráfico de drogas e das extorsões praticadas contra moradores de um loteamento em Viamão.
A estimativa da investigação é de que a organização criminosa tenha lavado R$ 33 milhões em dois anos e meio.
Além da barbearia, a polícia acredita que dois restaurantes, um em Novo Hamburgo e em Porto Alegre, também foram utilizados para a lavagem de dinheiro. Os nomes dos estabelecimentos não estão sendo divulgados.
A e reportagem de Agência GBC tentou contato com a barbearia, mas não obteve retorno.
Extorsão contra moradores
Cada um dos moradores dos cerca de 600 lotes era compelido a pagar uma mensalidade à associação. Aquele que não adimplir era ameaçado, agredido e expulso da comunidade. Os valores das extorsões são depositados nas contas da associação e passam por “contas de passagem” antes de aportarem nas contas dos criminosos e de empresas constituídas por eles ou por terceiros (laranjas).
Ofensiva
A Operação Xerxes teve a participação de 250 policiais civis que cumpriram 54 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva em Canoas, Porto Alegre, Viamão, Novo Hamburgo e Rio de Janeiro. Oito criminosos foram presos.
Além das prisões, foram apreendidos diversos carros de luxo.