CANOAS: Após auditoria, Prefeitura divulga que encontrou hospitais com estoque zerado, falta de equipamentos e pagamentos atrasados

Além disso, o Executivo Municipal também aponta que foram realizadas vendas de bens sem comprovação legal

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A Prefeitura de Canoas divulgou na última quarta-feira (14) que encontrou os três hospitais da cidade com estoque zerado, pagamentos atrasados e falta de equipamentos. Além disso, o Executivo Municipal também aponta que foram realizadas vendas de bens sem comprovação legal. 

As informações, segundo a prefeitura, são resultados de uma auditoria determinada pelo prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques. De acordo com ele, os hospitais Nossa Senhora das Graças (HNSG) e Universitário (HU) apresentam o quadro mais crítico.

“As dificuldades que encontramos na saúde logo que assumimos a Prefeitura não são apenas números em um relatório. Elas afetam vidas. É por isso que estamos trabalhando muito para garantir a recuperação do sistema de saúde, porque acredito firmemente que a saúde da nossa população é o alicerce para o futuro que queremos construir”, salienta Nedy. 

Dívidas milionárias

No Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), a direção estimou um rombo financeiro de R$ 22 milhões. O diretor-geral do Hospital Nossa Senhora das Graças, Juliano da Silva, lista também uma série de problemas herdados. Segundo ele, foram encontrados faltas de equipamentos de refrigeração, estruturas degradadas por ausência de manutenção, venda de bens sem a realização de procedimentos legais, uma dívida de mais de R$ 6 milhões com os médicos, filas de espera de até seis meses por cirurgias na área de traumatologia, entre outros problemas.

“Desde que assumimos, além de reorganizar as pendências, já realizamos algumas entregas. Inauguramos 31 novos leitos 100% SUS, distribuídos em seis quartos, para pacientes de cirurgias nas áreas de traumatologia, neurologia, oncologia e geral, e entregamos 10 novos leitos de UTI, que dependem da pactuação com o Estado para começarem a funcionar”, destaca o diretor do Graças. 

Já no Hospital Universitário (HU), com uma dívida de R$ 50 milhões, a prefeitura informou que a direção encontrou o seguinte cenário: estoques zerados ou insuficientes de insumos, falta de controle de horas extras e contas de internações pendentes. 

O diretor-geral do HU, Paulo Nader, salienta que já conseguiram reduzir drasticamente a folha de pagamento, neste ano, mexendo nos cargos administrativos, refletindo numa economia mensal de R$ 300 mil. Além disso, foram renegociadas dívidas de gás e água, por exemplo, projetando uma economia anual de R$ 5 milhões.

“Também está em andamento a conciliação das rescisões de funcionários demitidos em 2023. Apesar das adversidades, estamos conseguindo manter a folha de pagamento e negociar com os fornecedores para manter o HU funcionando”, explica o diretor. Conforme o levantamento do HU, ainda foi verificada uma dívida de R$18 milhões de obrigações trabalhistas não repassadas. Sendo que R$ 4,4 milhões se referem ao FGTS que foram descontados dos servidores do hospital e não foram depositados pelos gestores anteriores.

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