O homem que matou a ex-namorada com três tiros em Canoas foi condenado na última terça-feira (17) a 39 anos, nove meses e 10 dias de prisão. Na época, apesar de medidas protetivas que proibiam o criminoso de 26 anos de chegar perto da vítima, ele descumpriu as ordens e se passou por um oficial de Justiça com o objetivo de atrair a vítima para um encontro.
Criminoso que matou ex-namorada na frente de condomínio de Canoas é condenado a mais de 39 anos de prisão: a condenação
De acordo com o promotor de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, já que ele não aceitava a separação. Além disso, o criminoso usou recursos que dificultaram a defesa da vítima, como por exemplo, a criação de um perfil falso de oficial de Justiça para atrair a ex-namorada até a portaria do condomínio. Na ocasião, o homem estava escondido atrás de uma moita.
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Além das qualificadoras citadas acima, ainda foi reconhecida a questão de gênero em um contexto de violência doméstica.
Em nota, o promotor Rafael informa que o o crime teve a pena aumentada pela metade em razão de ter sido praticado em descumprimento da medida protetiva de urgência que o proibia de se aproximar ou manter contato com a vítima. Ele ainda ressalta que o réu já tinha prisão preventiva decretada pela Vara da Violência Doméstica em razão de ameaças anteriores e descumprimento de medidas protetivas, fatos que fizeram com que ele já estava sendo procurado pela polícia, e após o homicídio, seguiu foragido por alguns dias.
Criminoso que matou ex-namorada na frente de condomínio de Canoas é condenado a mais de 39 anos de prisão: Relembre o caso
Débora de Moraes Machado de 26 anos foi morta a tiros na frente do condomínio em que morava com a família no bairro Mato Grande, em Canoas. Ela foi atingida por três disparos de arma de fogo. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ela deixou um filho que, na época do crime, tinha nove anos e era de outro relacionamento.
Na época, conforme a polícia, o condenado que manteve um relacionamento com Débora por pouco mais de um ano, não aceitava o término do namoro. Por isso, após várias ameaças, foram determinadas medidas protetivas para que ele não se aproximasse da ex-namorada.
Logo após o crime, o réu roubou um carro e fugiu. Ele foi preso dias depois em uma ação conjunta entre a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Canoas e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Canoas (DHPP).