O caso Vitória ganhou mais um capítulo. A Polícia Civil confirmou na última quarta-feira (16) que o sangue de Vitória Sousa estava presente na residência de Maicol Santos, o principal suspeito pelo assassinato da jovem em Cajamar, na Grande São Paulo.
Durante uma coletiva de imprensa, os peritos também revelaram que encontraram vestígios do DNA da vítima no carro do investigado, o que reforça a tese de envolvimento direto no crime.
LEIA MAIS:
- Adolescente que incentivava crimes entre jovens é preso pela Polícia Civil
- Funcionário de universidade é demitido acusado de esconder câmera em banheiro feminino
- Mãe é presa por matar bebê e esconder corpo em pote de sabão em pó
Caso Vitória: perícia encontra sangue na casa de suspeito de matar adolescente: prisão
Desde 8 de março, Maicol permanece preso. Agora, com os resultados dos laudos periciais em mãos, a polícia pretende solicitar a conversão da prisão temporária em prisão preventiva. Na semana passada, inclusive, a Justiça de São Paulo já havia prorrogado por mais 30 dias a prisão temporária do suspeito.

Vestígios no banheiro e carro reforçam a investigação
A equipe de investigação descobriu manchas de sangue no batente da porta do banheiro da casa de Maicol. Além disso, os peritos confirmaram que o DNA no carro do suspeito pertence a Vitória. Com esses indícios, a polícia acredita que ele tenha agido sozinho.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, Vitória sofreu ferimentos graves e morreu em decorrência de uma hemorragia interna e externa. A reconstituição do crime, segundo a polícia, deve ocorrer no dia 24 de abril, mas apenas após Maicol passar por um exame psiquiátrico.
Câmeras registraram os últimos passos da vítima
Vitória foi assassinada no fim de fevereiro, logo após sair do trabalho em um shopping da região. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela entra no ônibus para voltar para casa. Uma semana depois, moradores encontraram o corpo da jovem nu em uma área de mata. A vítima tinha cortes profundos no rosto, pescoço e tórax.
Suspeito confessou, mas defesa contesta
Mesmo tendo confessado o crime em vídeo, Maicol não deve participar da reconstituição. A defesa alegou que ele foi coagido durante o interrogatório e que não contou com a presença de um advogado no momento do depoimento.
Ainda assim, a polícia utilizará a confissão gravada em vídeo como base para a reconstituição. No registro, Maicol afirma ter cometido o crime sozinho, o que reforça a linha de investigação da equipe responsável pelo caso.