A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) voltou a ser destaque no Brasil em 2025. Só no estado do Rio Grande do Sul, mais de 900 pessoas foram internadas em UTIs desde o início do ano, e 242 mortes já foram registradas até o momento. A gravidade da situação levou até mesmo estados como Minas Gerais e a capital Florianópolis (SC) a decretarem emergência em saúde pública.
O que é a SRAG?
A SRAG é caracterizada por quadros respiratórios graves que levam à internação hospitalar. Ela é provocada por microorganismos, como vírus, bactérias e até fungos, sendo as causas mais comuns os vírus da gripe (Influenza) e da COVID-19 (coronavírus).
Como a SRAG age no corpo?
A síndrome se instala quando há uma lesão nos alvéolos pulmonares, estruturas responsáveis pela troca gasosa. Essa lesão causa inflamação e acúmulo de líquidos nos pulmões, dificultando a entrada de oxigênio no sangue. Isso prejudica a oxigenação de todo o organismo, podendo levar à falência de órgãos se não for tratada a tempo.
Principais sintomas da SRAG
A SRAG normalmente se inicia como uma síndrome gripal comum, mas evolui rapidamente para um quadro mais grave. Os sintomas incluem:
Sintomas iniciais (síndrome gripal):
- Febre súbita
- Calafrios
- Dor de garganta
- Dor de cabeça
- Tosse
- Coriza (nariz escorrendo)
- Perda de paladar ou olfato
Sintomas de agravamento (indicativos de SRAG):
- Dificuldade para respirar (dispneia)
- Sensação de pressão no peito
- Saturação de oxigênio <95%
- Lábios ou rosto azulados (cianose)
Atenção especial para:
- Crianças menores de 2 anos: obstrução nasal, desidratação, inapetência.
- Idosos: confusão mental, sonolência, síncope, irritabilidade.
- Suspeita de COVID-19: sintomas gastrointestinais como diarreia, mesmo sem febre.
O que causa a SRAG?
Diversos agentes infecciosos podem desencadear a síndrome, sendo os principais:
- Vírus da Influenza (gripe)
- SARS-CoV-2 (coronavírus da COVID-19)
- Vírus sincicial respiratório (VSR)
- Bactérias como Streptococcus pneumoniae
- Fungos em pacientes imunossuprimidos
Como se prevenir da SRAG?
A prevenção da SRAG passa pelas mesmas medidas que evitam gripes e outras doenças respiratórias:
- Lavar as mãos com frequência
- Usar álcool em gel
- Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar
- Manter os ambientes ventilados
- Evitar o compartilhamento de objetos pessoais
- Manter vacinação em dia (gripe, COVID-19, etc.)
Quando procurar ajuda médica?
Ao notar qualquer sinal de agravamento — como dificuldade para respirar ou queda na oxigenação — é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce pode salvar vidas.
Situação atual no RS em 2025
De acordo com o Painel de Hospitalizações de SRAGs do governo do Estado do Rio Grande do Sul, mais de 3 mil pessoas foram hospitalizadas por SRAG em 2025. A situação é preocupante, especialmente com o aumento dos casos de COVID-19 e a circulação de vírus respiratórios no outono.
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