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10 de setembro de 2025

Estudo revela que estamos comendo cada vez mais plástico; Quantidade é impressionante

Um novo estudo chocante revelou que o cérebro é o órgão mais contaminado por plástico no corpo humano. Veja os detalhes e entenda os riscos.

Um estudo chocante sobre plástico no organismo humano acaba de revelar uma verdade alarmante: nosso cérebro está sendo invadido por microplásticos, com concentrações que aumentam com o passar do tempo. A pesquisa, publicada na respeitada Nature Medicine, mostra que a contaminação não só é real, mas piora a cada ano.

O estudo analisou 28 amostras de cérebro, rim e fígado de pessoas que passaram por autópsia. O resultado foi assustador: o cérebro apresentou até 30 vezes mais plástico do que os rins e o fígado.

O que diz o novo estudo que afirmou que estamos com cada vez mais plástico no organismo?

Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México compararam amostras de 2016 com novas coletas feitas em 2024. A descoberta: a quantidade de micro e nanoplásticos aumentou consideravelmente, especialmente no sistema nervoso central.

Ainda mais alarmante: amostras de cérebros de pessoas com demência apresentaram níveis ainda mais elevados de microplásticos, levantando preocupações sobre possíveis relações entre essas partículas e doenças neurodegenerativas.

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Os perigos do plástico no corpo

Estudos anteriores já identificaram plásticos no sangue, pulmões, placenta e cérebro. Mas a novidade deste estudo é a proporção crescente dessa contaminação.

Além do risco do próprio plástico, há um agravante: essas partículas podem carregar poluentes atmosféricos, intensificando os riscos à saúde, inclusive intoxicações.

E o problema não se limita ao plástico tradicional. Plásticos biodegradáveis, tidos como “ecológicos”, também são responsáveis por aumentar o número de microplásticos no ambiente e no corpo humano.

De onde vem esse plástico?

Os microplásticos têm duas origens principais:

  • Direta, como em cosméticos esfoliantes ou produtos de higiene
  • Indireta, pela decomposição de plásticos maiores, inclusive durante o processo de reciclagem

Pesquisas no Brasil, como as realizadas na UFES e na UFSCar, mostram que até o ar que respiramos está contaminado. Uma investigação feita com teias de aranha capturou partículas de plástico em ambientes próximos a usinas de reciclagem, alertando para os perigos invisíveis da poluição industrial.

Dá para se proteger?

Alguns avanços foram feitos. Pesquisadores da USP e do CNPEM criaram filtros para reter microplásticos da água, enquanto a UFSCar desenvolveu filtros veiculares para o ar.

No entanto, especialistas são unânimes: a única forma real de controle é a redução drástica do uso de plástico, principalmente os descartáveis. Garrafas, sacolas, embalagens plásticas, tudo isso está nos levando a um futuro no qual nosso cérebro pode estar literalmente feito de plástico.

O que você pode fazer agora

  • Reduza ao máximo o uso de plásticos de uso único
  • Opte por alternativas reutilizáveis e sustentáveis
  • Pressione empresas e governos por políticas reais de redução do plástico
  • Acompanhe pesquisas sérias sobre o tema e desconfie de “soluções mágicas”
Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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