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A 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas, atendendo a um requerimento do Ministério Público, determinou na última terça-feira (16), a interdição de dois estabelecimentos que estavam vendendo carnes impróprias para hambúrgueres em Canoas e região. O inquérito civil que deu origem a essa ação começou em março deste ano, após denúncias de funcionamento irregular e falta de licenciamentos.
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Durante uma fiscalização, foram encontradas cerca de uma tonelada de carnes impróprias, algumas não identificadas, levando à interdição do local.
Outros estabelecimentos, mesmos donos
Ao longo da investigação, o Ministério Público obteve registros de outras empresas com os mesmos sócios e fiscalizações solícitas da Vigilância Sanitária Municipal, que novamente encontrou atividades clandestinas em um imóvel residencial com placas de “aluga-se”.
Nesse local, foram apreendidos 572 kg de carne imprópria, resultando em indiciamentos criminais e autuações por infrações administrativas. Além disso, foram encontrados larvas, cacos de vidro e carne de cabeça bovina com linfonodos entre os alimentos apreendidos.
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Análise técnica
Segundo laudo técnico, “os produtos submetidos à análise pericial consistiam em aproximadamente 572 kg de produtos de origem animal, produtos cárneos como carne de cabeça, miúdos suínos, carne moída e hambúrgueres, a maior parte dos produtos não tinham procedência e estavam sendo manipulados em local com péssimas condições de higiene, havia muitas moscas no local, odor fétido e larvas em vários locais (dentro de um freezer e em uma caixa plástica com água e cacos de vidro dentro da área de produção)”.
Máquinas sujas e com moscas
Ainda segundo o laudo, os colaboradores estavam processando carne moída em equipamento moedor e, quando o equipamento foi aberto, saíram muitas moscas. Além disso, produtos estavam sendo descongelados em temperatura ambiente e em uma caixa com muita quantidade de sangue.
Hambúrguer com carne de cabeça bovina
Também consta no laudo, que “foi encontrada carne moída em sacos plásticos sem nenhuma identificação, hambúrgueres em saquinhos plásticos, também sem nenhuma identificação, e soja, que estava sendo adicionada ao produto. A carne de cabeça que estava sendo utilizada na fabricação de carne moída e dos hambúrgueres continha linfonodos, tecido impróprio para consumo humano, sendo a carne de cabeça também proibida na elaboração de produtos crus”.