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03 de fevereiro de 2025

Projeto que proíbe uso de celular em sala de aula é aprovado; especialistas analisam impactos na educação

De acordo com relatório da Unesno, o uso excessivo de smartphones prejudica o aprendizado, sendo recomendado que eles sejam usados como ferramentas e não como substitutos da interação humana

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, aprovou, de forma simbólica, na última quarta-feira (19), um projeto que restringe o uso do celular em sala de aula.

Contudo, a medida conta com o respaldo de especialistas na área de educação. Em entrevista à Agência Brasil, duas pesquisadoras destacaram os benefícios dessa proposta para a dinâmica entre professores e alunos.

Sandhra Cabral, professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e do portal Educar para Ser Grande. Ela afirma que a proibição do uso de celulares nas escolas se tornou necessária devido à falta de orientação sobre o uso correto da internet no Brasil.

Ela destaca que crianças e até adultos não aprendem a distinguir os benefícios e prejuízos da tecnologia. Entre os danos, Sandhra aponta problemas de cognição, perda de foco e distração.

Andreia Schmidt, pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), defende a proibição do uso de celulares nas escolas. Ela acredita que, sem as telas, crianças e adolescentes terão a oportunidade de se afastar de distrações digitais. Assim, ela podem interagir melhor com as pessoas, sejam com professores ou colegas.

“O que de fato essa lei vem trazer é a oportunidade para as crianças e adolescentes interagirem no mundo real, tanto com as tarefas, com as demandas do mundo real”, diz.

Relatório da Unesco sobre o celular em sala de aula

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório no ano passado, destacando preocupações sobre o uso excessivo de celulares em sala de aula. De acordo com a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o uso excessivo de smartphones prejudica o aprendizado, sendo recomendado que eles sejam usados como ferramentas e não como substitutos da interação humana.

O relatório revela que a simples proximidade de um celular pode distrair os estudantes e impactar negativamente o processo de aprendizagem em 14 países. Além disso, o tempo prolongado de exposição às telas pode afetar o autocontrole e a estabilidade emocional, aumentando os níveis de ansiedade e depressão.

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