Polícia Civil diz que matador do Fátima, em Canoas, é uma pessoa tranquila

O delegado que investiga o caso diz que ele está colaborando com as investigações

Lacir Lopes de 43 anos está preso desde o dia 30 de novembro. Ele confessou os três crimes. Com apenas uma passagem pela polícia por perturbação ao sossego alheio, é descrito como tranqüilo pelo titular da DHPP, delegado Thiago Carrijo. “Uma pessoa fria, calma e tranqüila. Inclusive, ele está colaborando com as investigações”, afirma.

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Nesta quarta-feira (19), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas divulgou detalhes do crime que assustou os moradores do bairro Fátima e áreas próximas. Em um terreno na Avenida Guilherme Schell, duas ossadas e um corpo foram encontrados.

Crimes começaram há quase dois anos

Lacir começou a matar pessoas em março de 2018. A primeira vítima foi uma mulher que, conforme a Polícia Civil, se relacionava sexualmente com o criminoso, mas vinha cometendo furtos na casa dele. “Com a ajuda de duas pessoas, ele matou ela a marteladas no local e enterrou o corpo no terreno. Problema foi que a cova ficou rasa e o corpo começou a feder. Aí ele ateou fogo”, conta o delegado.

Dias depois, a vítima foi um homem que participou do primeiro crime. Ele vinha relatando para Lacir que uma mulher, que ajudou a matar a outra, ia entregar os dois para a polícia e que por isso, era necessário matar ela. Porém, o criminoso fez o contrário. “Ele foi lá e matou esse comparsa que estava sempre no local. Agora, os próximos passos da investigação é descobrir a participação dessa mulher”, relata Carrijo.

Após os crimes, Lacir nunca escondia o que tinha feito. Testemunhas ouvidas pelos investigadores, relatam que ele sempre falava que tinha matado pessoas. Em algumas oportunidades, ele chegava a relatar como foi o crime. Porém, a Polícia Civil só chegou no criminoso após o desaparecimento de Marcelo, um homem de 25 anos, que trabalhava e morava no mesmo local que o criminoso. “Ele desapareceu e a família veio até nós para registrar a ocorrência. Dias depois, uma testemunha chegou aqui e disse que viu a vítima morta com o rosto desfigurado”, detalha o delegado.

Após esse depoimento, no dia 30 de novembro, policiais com o apoio do Corpo de Bombeiros foram até o local na busca de corpos e encontraram o de Marcelo e a ossada de uma mulher. Três dias depois, mais uma ossada foi achada enterradaPerícias foram realizadas no local onde Lacir vivia e em todo o terreno.

Nenhuma identidade foi confirmada pela Polícia Civil. “Nossos investigadores tem quase 99,9% de certeza dos nomes que apuramos. Porém, não posso divulgar, enquanto elas não forem confirmadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

O delegado Carrijo ainda ressaltou que Lacir só matava pessoas que se relacionavam com ele. “Podemos chamar ele de matador doméstico. Ele não saia as ruas para matar, mas matava quem estava dentro da casa dele”.

O caso segue sendo investigado. Três inquéritos foram abertos e podem ter novas prisões nos próximos dias.

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