Terminou na noite desta terça-feira (04) o julgamento de Juliano Biron da Silva, 37 anos, réu pelo assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 22.
A sessão, que começou por volta de 9h30, foi realizada no Fórum de Canoas e durou mais de 12 horas. A sentença e a pena foram proferidas pela juíza Geovanna Rosa.
Juíza Geovanna Rosa lê a sentença. Réu foi considerado culpado. Ela agora estabelece a pena. pic.twitter.com/cOeYbBXn0Q
— TJRS ao Vivo (@TJRSaovivo) February 5, 2020
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Juliano Biron da Silva foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, e por ocultação de cadáver. Ele teve pena fixada em 20 anos e oito meses, somando os dois crimes.
Pelo crime de homicídio qualificado é de 19 anos e seis meses. Pela ocultação de cadáver, um ano e dois meses. O regime inicial de cumprimento da pena é o fechado. Ele permanecerá preso. A defesa entrará com recurso.
A ré Paula Caroline Ferreira Rodrigues, que também deveria estar sendo julgada, não compareceu, alegando problemas de saúde. Seu caso ganhará processo próprio e uma nova data foi estabelecida: 15 de abril.
Juliano foi condenado há mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Detalhes em @AgenciaGBC. Inclusive, ele já foi levado do fórum de Canoas. pic.twitter.com/n0CyJRAuUg
— Jaime Zanatta (@jaimezanattajr) February 5, 2020
Morte do fotógrafo Gustavo Gargioni completa 4 anos
Em depoimento, Biron negou participação no crime e disse que foi a jovem quem praticou o homicídio. Gargioni foi torturado e morto a tiros na Praia de Paquetá em julho de 2015. “Sou inocente, não tenho nada a ver com isso”, pontuou o acusado.
Biron sustentou que a jovem lhe confessou o crime e que ela teria cometido o assassinato como prova de amor. “Ela tava transtornada no dia. Só chorava, não falava”, disse. De acordo com a acusação, ele não aceitava que a companheira mantivesse amizade com outros homens, dentre os quais, o fotógrafo.
A dupla foi presa em Santa Catarina no início de 2016. A acusação entendeu que o crime foi qualificado pelo fato de Paula ter armado uma emboscada para o fotógrafo. A investigação apontou que o crime foi motivado por ciúmes.
O júri do casal deveria ter acontecido em dezembro. Porém, foi adiado já que o advogado de Paula estava com problemas de saúde.
Advogado de defesa pediu que acusado de matar fotógrafo em Canoas fosse inocentado
O advogado Rodrigo Grecellé Vares teve uma hora e meia para defender Juliano Biron da Silva. Em uma das falas, o advogado apresentou depoimentos de testemunhas e pediu para que o júri não “cometesse o erro” de culpar Juliano. “Nas mais de duas mil páginas de processo, não é possível responsabilizar ele”, afirma.