Do abandono à prisão: em menos de 48h, polícia conseguiu achar mãe que jogou bebê no lixo em Canoas

Através das dezenas de imagens de câmeras, agentes conseguiram desvendar o trajeto da mulher

Os investigadores da Polícia Civil vão utilizar o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para confirmar a veracidade do depoimento da mulher que matou e abandonou uma criança recém-nascida no Centro de Canoas.

Ela disse que desconhecia a própria gravidez e não soube dizer se a bebê nasceu viva, tendo em vista que relatou ter sofrido três quedas durante o parto, feito em casa.

Quer mandar sugestões de pauta e flagrantes da sua cidade? Então, anote nosso WhatsApp: (51) 9 8917 7284

Contêiner de lixo onde corpo foi abandonado. Foto: Jaime Zanatta/GBC

Os agentes da Delegacia de Homicídios de Canoas vasculharam mais de 50 imagens de câmeras de segurança, a fim de encontrar a mulher. Por diversos ângulos, ela é vista caminhando pelas ruas da cidade com duas bolsas.

A autora saiu de casa, no bairro Harmonia, até a rua Dr. Barcelos, no Centro, onde encontrou um contêiner de lixo orgânico e depositou no recipiente uma das bolsas, onde estava a criança morta.

O ato foi filmado por uma das câmeras. Após o abandono, ela é vista atravessando a rua. O caso ocorreu na manhã de quarta-feira (6). Na parte da tarde, um papeleiro abriu a tampa do contêiner e se deparou com o corpo da bebê. Ele pediu socorro em um restaurante nas proximidades e a polícia foi acionada.

A partir de então, iniciou-se uma caçada em busca da assassina. Menos de 48 horas depois, os policiais civis prenderam a “mãe” da criança por crime de homicídio.

Quando encontrada, a menina estava enrolada em roupas femininas, ainda com o cordão umbilical e com um chumaço de algodão na boca. De acordo com o delegado Pablo Rocha, que atendeu a ocorrência, ela estava morta há menos de 24 horas.

OUTROS DOIS CRIMES SEMELHANTES

O episódio da última semana foi o terceiro caso de encontro de recém-nascido em 2020 na cidade. Conforme mostrou Agência GBC em janeiro, um bebê foi encontrado morto em uma lixeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Av. Boqueirão.

Na ocasião, a mãe, uma adolescente de 15 anos, colocou a criança no compartimento. Ela foi até a UPA depois de se queixar de fortes dores abdominais e sangramento.

Em abril, um bebê foi achado em uma parada de ônibus, na Av. Santos Ferreira, no bairro Estância Velha. A criança, que sobreviveu, foi encaminhada ao Hospital Universitário (HU).

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!