A Polícia Civil confirmou nesta quinta-feira (18) a prisão de dois amigos de Richard Campanel da Silva Staziacki de 19 anos. Ele que já está preso confessou de ter matado a adolescente Júlia de Mello de 17 anos, no bairro Guajuviras, em Canoas. A informação é da delegada Clarissa Demartini, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). O crime ocorreu em fevereiro.
As prisões foram em Canoas e em Alvorada. Um deles é o acusado de atirar contra a amiga de Júlia que estava grávida. A menor foi socorrida e, por isso, sobreviveu.
Matou por ciúmes
De acordo com a delegada, ele disse que quando chamou a adolescente para se encontrar com ele no bairro Guajuviras, já planejava matá-la. O preso ainda falou que apesar da relação conturbada e de haver medida protetiva, nenhum dos dois respeitava o afastamento e seguiam mantendo contato e encontros. A motivação alegada por Staziacki para o assassinato foi a de ciúme e por achar que Júlia mentia para ele.
Escondido no Litoral
Richard foi preso em Tramandaí, no Litoral Norte na última quarta-feira. Ele estava na rua, quando foi abordado por uma guarnição da Brigada Militar (BM) que fazia rondas para evitar a circulação de pessoas para combater a pandemia do coronavírus. Na abordagem, os policiais constataram que havia contra ele um mandado de prisão preventiva. Ele não reagiu à prisão.
Ainda conforme a delegada, a polícia já sabia que ele estava escondido no Litoral Norte. Diligências já tinham sido feitas, mas Richard não havia sido encontrado. Agora, ele ficará no presídio de Osório.
Mesmo com Richard preso, as investigações continuam. O objetivo é encontrar a arma utilizada para matar Júlia.
Dinâmica do crime
Júlia de Mello de 16 anos foi morta a tiros na rua Harmonia, no bairro Guajuviras, em Canoas. Ela e uma amiga, também adolescente e grávida, foi baleada por um amigo do atirador. Ferida, ela segue internada no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC).
As duas, de acordo com a investigação, estavam em uma festa. Richard mandou mensagem para Júlia dizendo que queria vê-la porque estava com saudades.
O namoro de Júlia e o acusado de matar ela, já era de conhecimento da polícia. Em 2020, duas ocorrências policiais envolvendo desavenças do casal foram registradas. Em julho, Júlia foi esfaqueada por ele e registrou ocorrência por lesão corporal. Em outubro, a mãe dela registrou o sumiço da jovem. A suspeita é que após desaparecer, ela tenha voltado a ter contato com o ex-namorado, que tentava reatar o relacionamento.
Quem é o acusado do crime
Richard já é conhecido da polícia. Ele tem antecedentes policiais por homicídio, tráfico de drogas, roubo, lesão corporal, porte de arma, entre outros.
A reportagem de Agência GBC tenta contato com a defesa de Richard, mas ainda não obteve retorno.