Funcionários da Vicasa, em Canoas, estavam trabalhando há mais de dois meses sem receber salários e benefícios. Sem dinheiro, muitos estão tendo que procurar alternativas. “Tem colega vendendo gás, colega pedindo dinheiro para parente, estão tentando achar solução”, conta Ricardo Leote, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais, de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano).
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Em uma reunião de conciliação entre a categoria, empresa e Metroplan, a administração da Vicasa foi direta e disse que não tem dinheiro para pagar as contas. Como a categoria se recusa a trabalhar sem receber e não há dinheiro para solucionar o problema, nenhum ônibus da Vicasa circula nesta quinta-feira (8) em Canoas. Para resolver o problema de moradores do Mathias Velho, Fátima e Rio Branco – bairros onde circulam as únicas três linhas que a empresa opera –, a Metroplan pediu para a Transcal – que também é da família Biazus – assumir de forma emergencial, atendendo alguns horários. A partir de segunda-feira (12), ela assume de maneira definitiva os trajetos.
Conforme apurado pela reportagem de Agência GBC a Vicasa deve fechar as portas nos próximos dias. Fundada em 1947, a empresa, que chegou a ter mais de 500 ônibus, e era responsável pelo transporte metropolitano de Canoas e Cachoeirinha, chega ao final com apenas 10 coletivos rodando. Nas últimas semanas, apenas três linhas eram operadas pela primeira empresa da família Biazus. Com isso, todos os funcionários devem ser demitidos. “Se com a empresa aberta, a gente já não recebia. Imagina fechada? Estou sem luz em casa”, conta um dos funcionários que pediu para não ser identificado.
