Moradora de Esteio dá golpe em Japonês

Ela foi presa pela Polícia Civil

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Uma moradora do bairro Morada 1 de Esteio foi presa pela Polícia Civil nesta terça-feira (22) durante a fase da Operação X COM. Ela integrava uma das quatro organizações criminosas – desarticuladas hoje – que aplicavam golpes dos nudes em vítimas de Canoas, de outras cidades da Grande Porto Alegre, do Interior, de outros estados e até do Japão. Além dela, mais 16 pessoas foram presas.

A investigação foi coordenada pela delegada Luciane Bertoletti, titular da Delegacia de Polícia de Esteio. Na cidade, estava instalado um dos núcleos de uma das principais organizações criminosas, em que a presa participava. Os policiais descobriram que os bandidos estavam usando uma nova tática para lesar as vítimas em dobro. “Além dos falsos policiais, agora eles também pediam dinheiro para tratamentos psiquiátricos”, afirma Bertoletti.

Modus operandi

Segundo os investigadores, os criminosos usavam o nome de uma clínica médica de Porto Alegre para que as vítimas do golpe pagassem os tratamentos psiquiátricos das supostas adolescentes. Mas antes, os homens recebiam até falsas ordens judiciais indicando valores e nomes dos envolvidos – da vítima, da adolescente e dos responsáveis pela menor – e tinham que desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para não ter a exposição dos fatos. Depois, vinha a cobrança do tratamento médico.

Os criminosos diziam que as adolescentes estavam traumatizadas por serem vítimas de um suposto abuso sexual. Em seguida, eles se passavam por policiais civis e familiares das jovens para ameaçar as vítimas do golpe que iam enviar as fotos e mensagens para esposas e filhos pelas redes sociais.

Assustados, alguns dos homens que pensavam estar mantendo contato com as adolescentes, fizeram pagamentos via Pix e parcelavam o valor da extorsão.

Ofensiva

Foram cumpridas 43 ordens judiciais, sendo 23 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão preventiva em Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Montenegro, Charqueadas, Farroupilha, Osório, Torres, São Borja e Itaqui. Foram 14 vítimas identificadas, até o momento. Os policiais apreenderam dinheiro, celulares, documentos e até veículos.

“É uma grande investigação contra o crime organizado, focada na desarticulação de esquemas de golpes virtuais. Chama atenção a criatividade dos criminosos em forjar falsos policiais e delegacias que realizavam golpes até contra vítima no Japão”, afirma o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mário Souza.

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