A mim, parece queda de braço: quando na semana passada vazou a informação de que vereadores do MDB, PP, PDT e Novo estavam conversando para formar o que chamei de ‘Bloco dos 7’, mexeu com os brios das demais bancadas, um movimento de resposta; um contra-golpe ao golpe, por assim dizer. Na sessão desta terça, 13 dos 14 vereadores restantes resolveram, eles também, bancar um bloco – o ‘Grupo dos 13’. Só ficou de fora o petebista Juares Hoy, que não é 7, nem 13.
É cedo para dizer que os 7 ou os 13 se conformarão, de fato, em blocos na Câmara. E, confesso, mesmo conversando com uns e outros, ainda não está claro as razões que levam à esta suposta unidade. Em geral, pessoas e políticos se unem pelos mesmos motivos: fortalecerem-se mutuamente ou se proteger. Diante do que se imagina que virá à baila na política canoense nos próximos meses, com ou sem retorno de Jairo Jorge, com ou sem processo de impeachment contra Jairo Jorge, é mais fácil acreditar que a alavanca para o consórcio seja, então, garantir uma cadeira melhor privilegiada em seja lá qual for a mesa que vai decidir o rumo da cidade.
No caso do Grupo dos 13, a turma me parece mais heterogênea ainda. Nem todos ali são governistas e nem todos ali estão dispostos a defenestrar ou salvar Jairo Jorge em uma eventual comissão processante.
7 ou 13, como bloco, falta uma pauta que nos diga, claramente, a natureza dessa unidade. Sem isso, a porta que abre é a da especulação, para o bem ou para o mal, de que é a pressão sobre o governo Nedy ou a salvação/ruína de Jairo Jorge que os movimenta.